Menu
Na Hora H!

Papagaio de 22 anos é aprendido e dona faz rifa para pedir a guarda do pássaro

Ele foi apreendido pela Polícia Militar Ambiental (PMA) no último domingo (28) após militares constatarem que o pássaro não possuía registro

Aline Rocha

31/07/2019 16h34

Da Redação
[email protected]

Após ter o papagaio, com quem convive há 22 anos, uma mulher de 57 vai entrar na Justiça para recuperar a guarda do animal. Ele foi apreendido pela Polícia Militar Ambiental (PMA) no último domingo (28) após militares constatarem que o pássaro não possuía registro. 

De acordo com a filha da mulher, Fabiana Cubilha, 32, está sendo feita uma rifa para que seja possível arcar com os custos do advogado para tentar recuperar a ave, que foi levada para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) na capital. Ela conta que a mãe, Maria de Lourdes Ferreira está inconsolável e problemas de saúde, como a depressão, está se agravando com a ausência do papagaio.

A ave vivia solta no quintal e não tinha asas cortadas e, ao G1, ela conta que desde que a ave foi levada, a mãe não come direito e está triste. A família deve entrar ainda nesta semana com ação judicial para tentar recuperar a ave. O advogado afirma que vai anexar laudos que compravam que dona Maria não está bem desde que a ave foi levada: “Ela toma diversos remédios e não consegue nem comer por conta da falta do papagaio”.

A PMA informou que pela lei brasileira, desde 1967 é proibido criar animais silvestres em cativeiro e que neste caso do papagaio, os militares apenas cumpriram com a obrigação de apreender uma ave silvestre que não tem registro.

Para a PMA, o responsável por manter animal silvestre em cativeiro, a pena pode ser de 6 meses a um ano de prisão. Quando se trata de papagaio, uma ave que está na lista da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), o valor da multa pode chegar a R$ 5 mil e se esse, não constasse em nenhuma lista de animais que correm risco, a multa seria de R$ 500.

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o alto grau de domesticação pode dificultar o retorno de um animal silvestre para a natureza. A escolha da destinação mais adequada só acontece após avaliação clínica, física e comportamental. No Brasil, existe jurisprudência sobre animais silvestres que foram devolvidos aos antigos “donos” quando constatado que estariam em melhores condições no ambiente doméstico do que na natureza.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado