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Pais de menina que morreu após bater a cabeça durante “brincadeira” lamentam: ‘É muita saudade’

Emanuele Medeiros levou uma rasteira de colegas em uma “brincadeira”, bateu a cabeça no chão e teve traumatismo craniano. A garota, de 16 anos, sonhava em ser enfermeira

Redação Jornal de Brasília

19/02/2020 10h05

Três meses após a “brincadeira” entre alunos da  Escola Municipal Antônio Fagundes, em Mossoró-RN, que matou Emanuele Medeiros, os pais da jovem falam da dificuldade de levar a vida sem a filha. “Lembro dela a todo momento. É muita saudade”, conta o pai da garota, Manoel Costa.

Em novembro do ano passado, Emanuele, 16 anos, foi vítima de uma prática chamada “brincadeira quebra-galho”. Dois amigos deram uma rasteira na garota, que caiu batendo a cabeça no chão. A queda causou um traumatismo craniano. A jovem, que sonhava em cursar Enfermagem após terminar a escola, não resistiu ao ferimento.

A mãe de Emanuele, Maria Rita, conta que o diretor da escola levou a adolescente em casa, para que buscasse os documentos e fosse para o hospital. “Ela falou comigo, disse que estava com dor de cabeça. Quando entramos no carro para ir ao hospital, não falou mais. No hospital eu passei o dia chamando por ela”, recorda, em entrevista ao portal G1. Emanuele foi internada no dia 8 de novembro; o óbito foi confirmado no dia 11 do mesmo mês.

“Peço aos diretores e professores que tenham atenção com esse tipo de brincadeira. Quero alertar também a cada pai que converse com os seus filhos. O que aconteceu com minha filha pode acontecer com qualquer filho.”

Manoel e Maria Rita, pais de Emanuele. Foto: Reprodução/TV

Nota

A repercussão dos vídeos fez com que profissionais e entidades se manifestassem sobre os riscos desta prática. A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) emitiu uma nota alertando pais e educadores sobre o perigo de lesões irreversíveis ao crânio e à coluna vertebral. “A vítima pode sofrer danos no desempenho cognitivo, fratura de vértebras, perder movimentos do corpo e até morrer”, diz o texto.

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