A Universidade de Kyoto, onde o nobel de medicina Tasuku Honjo atua, publicou, no dia 27 de abril, uma declaração em que ele rechaça completamente os boatos. A falsa declaração explicava que o coronavírus havia sido criado em laboratório. Além disso, afirmava que a informação teria sido confirmada por Honjo.
O professor e vice-diretor-geral do Instituto de Estudos Avançados venceu o Prêmio Nobel de Medicina em 2018. No texto de repúdio publicado no facebook da intituição onde ele trabalha, Honjo diz que está “profundamente triste” por ver que seu nome e o nome da universidade estão sendo usados para espalhar desinformação e falsas acusações.
“Neste ponto, quando todas as nossas energias são necessárias para tratar os doentes, prevenir a disseminação da tristeza e planejar um novo começo, a transmissão de alegações infundadas sobre as origens da doença é uma distração perigosa”, afirma Honjo.
As informações falsas foram amplamente compartilhadas em inglês e português. Elas vão contra os estudos publicados pela comunidade científica e se baseiam na ideia de que o coronavírus é uma arma biológica fabricada pela China.
As alegações atribuídas a Honjo já tinham sido desmentidas por outras agências de checagem, como o site indiano NewsMeter, o português Observador e o americano Snopes. Um aluno de Honjo chamado Alok Kumar enviou ao NewsMeter uma nota em nome do professor refutando a história.
“Isso é fake news. Todas as informações escritas aqui estão erradas. Ele nunca disse nada parecido com isso. Por favor, parem de compartilhar mentiras”, pediu o rapaz.
O nobel de medicina dá aulas na Universidade de Kyoto desde 1984. Ele e o americano James P. Allison ganharam o Nobel em 2018, após ambos descobrirem a terapia de checagem imunológica. O novo método faz com que as células do sistema imunológico voltem a combater os tumores.
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