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Moradores recolhem corpos no Complexo do Salgueiro (RJ)

O fim de semana na comunidade foi marcado por tiroteios entre Polícia Militar e traficantes. Um PM também morreu

Redação Jornal de Brasília

22/11/2021 9h40

Foto: Reprodução

Na manhã desta segunda-feira (22), moradores do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ), retiraram pelo menos oito corpos de um manguezal.

De acordo com a última atualização do g1, nenhuma autoridade tinha chegado à região. O fim de semana na comunidade foi marcado por tiroteios entre Polícia Militar e traficantes. Um PM também morreu.

“Estes confrontos foram intensos, foram na área de mangue, é uma área de difícil trânsito. Logicamente estamos falando de um momento em que marginais estavam no interior da mata fechada”, destacou o porta-voz da PM, tenente-coronel Ivan Blaz, em entrevista ao Bom Dia Rio.

Conforme informações da polícia, tudo começou na madrugada de sábado (20). O sargento Leandro Rumbelsperger da Silva, de 38 anos, do 7º BPM (São Gonçalo) foi atacado a tiros por criminosos durante um patrulhamento em Itaúna.

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi mobilizado e os tiroteios se intensificaram. Uma idosa foi atingida por uma bala perdida no braço, na manhã de domingo (21).

Para moradores da região, a ação dos policiais foi uma completa chacina. Os corpos foram enfileirados e cobertos por lençóis.

“Os corpos estão todos jogados no mangue, com sinais de tortura. As pessoas, uma jogada por cima da outra. Estava com sinal totalmente de chacina mesmo”, relatou um morador.

“Muito conhecido da gente aqui morreu. A gente estava gritando no mangue para ver se consegue tirar, mas todos mortos”, relatou outro.

“As mães estão entrando dentro do mangue. Com o mangue acima do joelho para poder tentar puxar os corpos”, continuou mais uma.

Por meio de uma nota, a Defensoria Pública do RJ afirmou er recebido “relatos sobre a violenta operação no Complexo do Salgueiro” e comunicou o fato ao Ministério Público, “para a adoção de medidas cabíveis a fim de interromper as violações”

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