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Brasil

Ministro do Turismo minimiza assédios na Copa da Rússia: “Não morreu ninguém”

Arquivo Geral

26/06/2018 15h44

Foto: Reprodução

O ministro do Turismo do Brasil, Vinicius Lummertz, comentou sobre os assédios envolvendo brasileiros ocorridos na Copa do Mundo da Rússia em entrevista ao site Uol Esporte. O político, que está em Moscou em uma ação da Embratur, considera que a população está intolerante com as falhas humanas e disse ainda que o caso não foi tão grave, já que “não morreu ninguém”.

“(A repercussão foi grande) por causa das redes sociais, não pelo fato em si. Porque não morreu ninguém, ninguém foi assassinado. Perante o mundo real, eu entendo o simbolismo, mas o simbolismo não representa nada estatisticamente”, disse Lummertz.

Os vídeos, em que brasileiros apareciam com mulheres estrangeiras induzindo-as a repetir palavras ofensivas da língua portuguesa, acabaram viralizando na internet e geraram um debate nas redes sociais. Mulheres, celebridades em geral e ativistas se manifestaram sobre o acontecimento.

O ministro crê que o “barulho” foi muito maior porque o Brasil está vivendo uma era de intolerância, onde os erros das pessoas não são perdoados. “Aqui existe um outro nível de tolerância com a falha humana. Perdemos completamente a tolerância com a falha humana no Brasil. Nós estamos em uma era, no Brasil, em que agimos como se as pessoas fossem obrigadas todas a serem perfeitas e ninguém pudesse cometer erros, o que é uma grande mentira”, opina.

Lummertz acredita que o país deveria se preocupar mais com os índices de assassinato e ainda faz uma comparação com o caso do nadador Ryan Lochte nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. “As pessoas se preocupam com tolices, bobagens cometidas por cinco ou seis pessoas em 70 mil. Estamos deformando as coisas no país. O Brasil é um país também adolescente na forma de avaliar as coisas. As pessoas que agiram mal, elas agiram mal. Está errado, e aí? Qual o problema? Estão passando vergonha. Deviam estar preocupados com os 62 mil assassinados e recordes de acidentes de trânsito que temos no planeta. As pessoas estão se matando. Estamos preocupados com cinco pessoas que fizeram bobagem. Nas Olimpíadas, aquele nadador americano não fez uma bobagem? Bobagem faz parte da vida, tolices, erros”, desabafou.

Lummertz termina destacando que essa polêmica não reflete o comportamento de todos os brasileiros. “As pessoas tolas fazendo tolices e bobagens devem estar arrependidas, está tudo certo. Pessoas fazendo bobagens, mas são exceções, esse não é o comportamento do brasileiro. Nós temos que olhar o número sob uma ótica um pouco mais estatística. Tem 70 mil brasileiros aqui com comportamento absolutamente normal e, ao contrário, são muito agradáveis, abraçados por todos os russos. Evidentemente que pode haver pessoas que não têm um comportamento que é adequado ou até abobado, existem pessoas. Eu imagino que estejam arrependidas”, finalizou.

 

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