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Menino que teve espeto fincado no olho ainda não conseguiu consulta

Acidente ocorreu, em julho de 2018. O menino brincava com amigos próximo ao local onde morava quando caiu e o espeto cravou em seu olho

Aline Rocha

22/07/2019 12h46

Aline Rocha
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Um ano após o menino Rian Santos, de 9 anos, ter um espeto cravado no olho enquanto brincava com amigos na rua da casa onde mora, a mãe, Marinalva Santos, conta que ainda não conseguiu levar o menino para fazer acompanhamento com um neurologista. O caso ocorreu na cidade de Santa Luzia, na Bahia.

A criança, a princípio, não teve sequela alguma mas o acompanhamento foi indicado pelos médicos após a alta da criança, que passou um mês internado entre julho e agosto de 2018. De acordo com Marinalva, ela não conseguiu vaga para que o filho passe por um profissional da área na rede pública da cidade.

“Eu venho cobrando direto e nada. Assim que ele teve alta, chegamos em casa e, no outro dia, eu levei os papeis na prefeitura, na secretaria de saúde, e disse que ele precisava passar por um neuro”, explica a mãe do menino. “Todas as vezes que fui lá, eles vêm com a mesma desculpa de que estão sem médico. Somente agora, no mês passado, disseram que um médico já estava atendendo e que iriam marcar, mas não deram nenhuma previsão. Então, infelizmente, esse acompanhamento não está acontecendo”, disse.

Marinalva explica que a família não tem condições de arcar com os gastos médicos e, por essa razão, dependem do atendimento na rede pública. Ela está desempregada e o marido trabalha na roça de cacau. Hoje, a família tem como renda o Bolsa Família. diz que ela e o marido não têm condições de arcar com os custos médicos e que, por conta disso, depende da rede pública.

“A gente não tem condições de pagar. A situação aqui é difícil, não tem trabalho. Meu marido trabalha na roça de cacau, e eu estou desempregada e tenho só como renda o Bolsa Família. Quando tem cacau na roça, a gente consegue um dinheirinho, mas acaba logo”.

“Quando os médicos deram alta para ele, avisaram que, depois, era para ele ter um acompanhamento de um neuro e de um oftalmologista. Com o oftalmologista a gente conseguiu marcar quatro meses depois da alta dele, mas com o outro está difícil”, afirma.

A indicação era de que Rian fizesse acompanhamento com neurologista e oftalmologista. O oftalmo afirmou que a visão da criança não foi afetada. Marinalva explica que, às vezes, o menino reclama da dor de cabeça “Perto do local onde ele fez a cirurgia, nasceu um pequeno caroço e isso me deixa preocupada. Por isso eu quero que ele passe logo pelo neuro, mas até agora estou sem respostas”, afirma.

“Eu, até agora, quando ele está brincando, fico olhando e agradecendo a Deus cada vez mais, por cada segundo da vida dele. Cada vez que eu vejo ele brincando é uma alegria”, conta a mãe.

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