Da redação
[email protected]
Fotos e relatos de pacientes e familiares mostram o desespero de mulheres que buscam atendimento no Hospital da Mulher Mãe Luzia, a única maternidade pública do Amapá. Em um dos casos, duas mães que deram à luz recentemente dividem o mesmo leito.
O registro foi feito pelo familiar de outras mulher, que perdeu o bebê de nove meses no sábado (19) e desde então aguarda na unidade, para o processo de retirada do feto.
Júnior Costa Moraes, marido de Gabriela Souza Pinho, de 22 anos, diz que a companheira sofre de fortes dores e diz não entender a demora para o procedimento. Ele conta que Gabriela perdeu o bebê no sábado após sentir dores e ser levada ao hospital. Relatam também, que o médico informou que o coração do bebê não batia mais e que ele havia perdido a vida.
A direção do hospital informou que desde sábado está acompanhando a jovem e que o procedimento para retirada do bebê atende critérios do Ministério da Saúde relacionados à indução ao parto natural com uso de medicamentos.
“A direção entende a consternação da família pelo ocorrido, mas, reitera que o procedimento utilizado é o mais seguro para a paciente. No entanto, se não houver a evolução para o parto natural, entre 24 e 36 horas, será realizada a cesariana”, diz trecho da nota.
Sobre a ocupação do espaço de leito por duas mães, a direção reforçou que o espaço é referência no atendimento obstétrico e ginecológico para o Amapá, e que os últimos meses do ano são de maior demanda.