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Advogada diz que processará Bolsonaro por dano moral

Filho adolescente da advogada teve o estado de saúde agravado em decorrência do coronavírus e chegou a ficar com 50% do pulmão comprometido

Redação Jornal de Brasília

30/06/2021 18h18

Foto: Reprodução

A advogada Maíra Recchia, de 40 anos, afirmou, em entrevista ao Portal Universa, que irá entrar com uma ação por dano moral contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Maíra é mãe de um adolescente de 13 anos que ficou internado em estado grave, após contrair a Covid-19. A advogada relatou que o filho sobreviveu apenas porque teve acesso a um bom hospital, mas sente por aquelas mães que não têm acesso ao atendimento médico de qualidade.

Maíra contou ainda que o filho nunca apresentou qualquer problema de saúde ou doença grave. Além disso, a família cumpriu o isolamento social, e o adolescente participava de aulas apenas de forma remota. Apesar da pouca idade, o garoto teve o estado de saúde agravado em decorrência do coronavírus e chegou a ficar com 50% do pulmão comprometido.

O filho de Maíra ficou internado por oito dias. A família, que mora no interior de São Paulo, precisava se deslocar até a capital paulista para visitar o adolescente.

Pensando nas mães que passaram por situações similares e não tiveram acesso a um atendimento adequado, a advogada tomou uma decisão.

“Vou entrar com ação por dano moral contra Bolsonaro”, disse Maíra Recchia.

Durante a internação, ela estudou como poderia ingressar com uma ação contra o governo do presidente Bolsonaro, para que ele fosse responsabilizado pelas vítimas da pandemia.

“Vou pedir a responsabilização do governo por eventuais omissões praticadas durante a pandemia de covid-19, isso porque o direito administrativo brasileiro adotou, como regra, a responsabilidade objetiva do Estado em casos como esse”, explicou a advogada.

Segundo Maíra, houve deficiência no atendimento das pessoas, falta de informação e ausência de ferramentas de vacinação e contenção da propagação da covid. Além disso, ela afirma que o presidente incentivou o contágio e se recusou a comprar vacinas.

Mesmo após receber alta hospitalar, o filho da advogada ainda não está totalmente recuperado. Maíra contou que, na semana passada, o adolescente teve crise de sinusite, uma das sequelas da doença.

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