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Mãe desesperada pede emprego com cartaz no DF

O último emprego da mulher foi um temporário, e, desde que saiu, está desempregada há cinco meses. Ela é mãe solo de três meninas

Redação Jornal de Brasília

10/03/2022 10h53

Foto: Reprodução/Redes sociais

Depois de pedir emprego com um cartaz nas ruas do Distrito Federal e compartilhar a foto nas redes sociais, Sanatielly da Conceição chamou a atenção de vários internautas. A mulher, de 32 anos, mora em Planaltina, cidade-satélite de Brasília, e recorreu a tática após meses enviando currículos para empresas da região e não obter respostas.

Seu último emprego foi um temporário com o contrato de um ano, e, desde que saiu, está desempregada há cinco meses. Sanatielly é mãe solo de três meninas: uma de 16 anos, outra de 13 e a caçula de 9 anos. Ela não recebe pensão do pai das garotas, de quem se separou em 2019.

Segundo a mulher, essa não foi a primeira vez que ela utilizou um cartaz para procurar emprego, ainda que a repercussão desta nova tentativa tenha sido bem maior.

“Há muito tempo eu já tinha feito isso, mas não tinha repercutido tanto. Na época deu certo, eu e uma colega minha conseguimos emprego. E assim, o último emprego que eu estava era temporário, então eu tinha certeza que no prazo de um ano ia acabar e eu ia estar desempregada novamente. Antes mesmo de acabar, quando eu estava há oito ou nome meses no emprego, eu comecei a enviar currículo, porque eu sou mãe solo então eu precisava de alguma coisa fixa”, explicou ela, em entrevista ao UOL

Por conta do desemprego, a mulher teve que trancar o curso de matemática que fazia em uma faculdade privada com bolsa integral. Ela teve que se concentrar nos problemas financeiros que enfrenta em casa. “O prazo do projeto acabou, eu fiquei desempregada, o seguro (desemprego) acabou e nada, só eu enviando currículo. Aí eu falei: ‘É, não vai ter jeito, vou ter que ir pra rua de novo'”, diz.

Santatielly não descarta migrar para outras funções, embora tenha experiência como operadora de caixa, atendente e agente de campo.

“A única coisa que eu me preocupo muito ainda é a distância. Eu moro em uma cidade-satélite de Brasília e recebi muitas propostas que ficam do outro lado [da cidade], então para sair 22h, 23h, fica meio complicado para mim. Mas em questão de [função de] trabalho, eu não escolho, o que vier eu estou aceitando”, afirmou a mãe.

Ela revela que ficou surpresa com a repercussão da foto, que ela mesma postou em um grupo do Facebook, no intuito de alcançar mais pessoas que pudessem ajudá-la.

“Eu estou bastante confiante, ao mesmo tempo em que eu estou desesperada. Eu tenho certeza que vai dar certo, alguma coisa vai aparecer. Eu já fiz muitas entrevistas, processos seletivos, nada ainda certo, mas tenho certeza que vai acontecer”, concluiu.

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