Uma mulher de 37 anos denunciou nas redes sociais o crime de racismo cometido por um segurança do metrô contra as filhas dela, que são gêmeas e têm três anos. De acordo com a mãe, o homem chamou as meninas de “Bucha 1 e Bucha 2”, em referência a lã de aço, usada para lavar pratos.
Ainda segundo a mãe, Sandra Weydee, o caso ocorreu na noite de sábado (25) em Salvador-BA. A mulher, que trabalha como técnica de metalúrgica e soldadora, disse que voltava de um passeio com as meninas.
Em entrevista ao Portal G1, a mãe contou que na estação haviam três seguranças, dois negros e um branco. O branco estava de costas, quando virou, viu as meninas e gritou “Misericórdia”, e logo em seguida completou: ‘Bucha 1 e Bucha 2″.
Segundo Sandra, os outros dois seguranças ficaram “sem graça” com a atitude do colega, que ficou rindo. A mulher disse que as meninas, que se chamam Valentina e Verena, começaram a perguntar o que era “bucha”.
Ela conta que ficou sem reação após ouvir o ato de racismo e decidiu entrar no vagão do metrô, mas depois mudou de ideia e voltou para procurar o segurança.Ao chegar no local, o segurança não estava mais lá.
O caso ainda não foi registrado na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), porque segundo Sandra, foi orientada a voltar na quarta-feira (28), por causa da paralisação de 48 horas, dos policiais civis.
Em nota, a CCR Metrô, que administra o serviço, disse que repudia atitudes racistas ou discriminatórias e está apurando o caso citado pela cliente. A concessionária também ressaltou que respeita e valoriza a pluralidade da Bahia e reforça o seu compromisso com a promoção da igualdade étnico-racial e de gênero.