O agricultor Fernando Silva Nepomucena, de 21 anos, acusado de matar o irmão Eduardo Silva Nepomucena, de 17 anos, com uma paulada na cabeça por “ordem do diabo” após um “pacto” para conseguir dinheiro e fama foi condenado a 15 anos e três meses de prisão pelo tribunal do júri.
A acusação foi sustentada pelo Promotor de Justiça Carlos Paixão. Os jurados condenaram o réu por “homicídio cometido por motivo fútil, utilizando meio cruel e ocultação de cadáver”. O julgamento ocorreu na última quinta-feira (22).
O crime ocorreu em janeiro de 2020, em uma vicinal, no município de Caroebe, Sul de Roraima. O Promotor de Justiça Carlos Paixão avaliou que a condenação é uma resposta de que a sociedade não compactua com a impunidade. “O rigor da Lei deve ser aplicado para que todos entendam que o direito à vida é primordial e deve ser preservado”, concluiu.
De acordo com o Ministério Público de Roraima (MPRR), após negar o crime para a família diversas vezes, Fernando confessou que cometeu o crime porque “o diabo havia lhe ordenado”.
Um vizinho da família, em depoimento disse que dias antes da morte de Eduardo, o jovem foi à Boa Vista, para fazer um “pacto” com o objetivo de conquistar dinheiro e fama.
Na ocasião, os dois usavam drogas e após uma discussão Fernando deu uma paulada na cabeça do irmão, que morreu no mesmo instante. Logo depois, o acusado enrolou o corpo da vítima em uma rede e o enterrou em uma cova dentro da propriedade.
Para encobrir o crime, o réu levou a motocicleta de Eduardo até uma área de mata para simular que o jovem poderia estar perdido no matagal. Fernando ainda ajudou a família a procurar pela vítima até que o corpo fosse encontrado quatro dias depois do assassinato.