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Idosa é enganada por parente para votar em candidato diferente do que pretendia

As imagens foram confirmadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e o caso repassado ao Ministério Público Eleitoral

Redação Jornal de Brasília

31/10/2022 10h28

Foto: Reprodução

Uma eleitora idosa de Nova Olinda, no norte do Tocantins, foi enganada por um parente para votar em um candidato diferente do que pretendia. O caso foi filmado pelo próprio homem e divulgado nas redes sociais neste domingo (30).

No Tocantins o segundo turno da votação é apenas para o cargo de presidente, pois a votação para governador foi resolvida ainda no primeiro turno. Wanderlei Barbosa (Republicanos) foi reeleito.

Nas imagens é possível ver a idosa caminhando em direção ao seu local de votação e sofrendo assédio eleitoral.

Homem: A senhora vai votar em quem eu quiser né? A senhora vai votar em quem?
Idosa: Eu vou votar no Lula.
Homem: O Lula é 22 o número dele, tá?
Idosa: É 13. O número 13.
O segundo vídeo mostra a idosa já na cabine de votação e sendo direcionada para votar no candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

Homem: Dois, aqui. Dois. Dois de novo. Aqui, agora: no verde. Pronto, votou no Lula!
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informou que a ocorrência foi registrada em ata pelos mesários e encaminhada à Junta Eleitoral para ser direcionada ao Ministério Público para investigação.

A presença de um acompanhante para idosos é permitida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desde que seja imprescindível. Devendo se tratar de uma pessoa de confiança e com permissão da mesa receptora de votos.

O caso teria sido publicado em grupos de aplicativo pelo próprio homem, que chegou a ser repreendido pelos usuários e respondeu: “Quando você tiver sua mãe, sua avó, você pode falar alguma coisa. Essa aqui é minha, quem cuida dela é eu. Faço o que eu quiser com ela”, disse.

O caso deverá ser investigado pela Polícia Federal. O homem deve responder tanto por quebrar o sigilo da votação ao registrar o voto da idosa, como por enganá-la a escolher o candidato diferente do que pretendia.

Outros casos

Um segundo caso de quebra do sigilo foi registrado em Brejinho de Nazaré, na região central do estado. No vídeo é possível ver uma criança digitando o voto enquanto é filmada pelo responsável.

O caso foi postado em uma rede social com a legenda: “Até o [nome da criança] tem 6 anos e já sabe o que é bom para o Brasil. Voto no 22.”

Segundo o TRE, até as 16h foram registrados sete casos de quebra do sigilo eleitoral no Tocantins. De acordo com a legislação eleitoral, é proibido utilizar aparelhos eletrônicos, entre eles o celular, na cabine de votação.

O equipamento deve ser deixado com o mesário antes de votar e ficará retido durante o período em que a pessoa estiver votando, junto com o documento oficial com foto. A medida visa proteger o eleitorado de eventuais coações e garantir o sigilo do voto previsto na Constituição Federal.

A pena para quem violar ou tentar violar o sigilo do voto pode ser de até dois anos de detenção.

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