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Homem espancou mulher até a morte e a colocou no sofá para parentes acharem que ela passou mal enquanto assistia TV

A prisão do suspeito aconteceu na terça-feira (10), no momento do velório da vítima

Redação Jornal de Brasília

12/01/2023 8h24

Foto: Arquivo Pessoal/Edeílson Pereira e Divulgação/PMGO

Leandro Reis Faria, de 33 anos, que foi preso suspeito de espancar a esposa, Camila dos Santos, de 32, até a morte, a colocou no sofá da sala para os parentes acharem que ela passou mal enquanto assistia TV, segundo a Polícia Militar. A família confirma a versão e diz que marido tinha levado até as crianças da casa, a deixando sozinha.

Segundo o sistema de consulta pública do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), ele permanece preso até a manhã desta quarta-feira (11).

A prisão de Leandro aconteceu na terça-feira (10), no momento do velório de Camila. O Batalhão Maria da Penha da Polícia Militar foi chamado no local e constatou a morte da mulher.

“Ele limpou o sangue do chão, a colocou no sofá sentadinha, ligou a televisão. Montou todo um cenário para que os outros pensassem que ela passou mal enquanto assistia TV”, disse a major da PM, Marineia Bittencourt.

Crime


O pai de Camila, Edeílson Pereira dos Santos, conta que uma familiar do marido encontrou com a tia da mulher, contou que Camila não estava bem e pediu que avisasse à mãe dela. Assim que chegou à casa do casal, a mãe viu a filha desacordada.

“A mãe dela chegou na casa e o portão trancado. Ela foi atrás da irmã do detido e, quando ela abriu o portão, a chave estava jogada por cima do muro, a Camila estava no sofá, desacordada e a TV ligada”, contou o pai.

Camila foi socorrida e levada ao Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo na segunda-feira (9). Ainda de acordo com a PM, a vítima já vinha sendo agredida há 6 anos pelo marido, usuário de drogas.

Camila era mãe de quatro filhos, um deles, de Leandro. Os policiais militares também contaram que ela já chegou a precisar de atendimento médico após fraturar algumas partes do corpo devido às agressões.

“Espero que a justiça seja feita, ele vivia batendo na minha filha. Não há uma parte do corpo dela em que ele não quebrou. Ela já teve o braço e o pé quebrados por ele. O filho dos dois, de 5 anos, está chorando pela mãe”, finalizou o pai de Camila, Edeílson Pereira.

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