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Falso policial preso por ataques sexuais em série é condenado por estupro

Adson Muniz Santos recebeu penas que, somadas, chegam a quase 60 anos de prisão

Redação Jornal de Brasília

12/11/2019 11h40

Da redação
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O falso policial que foi preso sob suspeita de ter cometido uma série de ataques sexuais contra 26 mulher, acabou condenado pela Justiça por estuprar e roubar nove das vítimas. Adson Muniz Santos recebeu penas que, somadas, totalizam 59 anos e oito meses de prisão em regime fechado pelos crimes praticados entre 2016 e 2017. 

Das nove condenações contra Adson, seis são por estupro, sendo que algumas delas ainda têm roubo, extorsão, sequestro e abuso de poder. As outras três foram por importunação sexual, ameaça e falsidade ideológica. 

Adson sempre negou as acusações à Justiça e à imprensa. Ele chegou a alegar transtorno mental e pediu tratamento para se “curar”. Por decisão da Justiça, ele passou por cinco exames psiquiátricos, mas todos os resultados dos testes o consideraram imputável, ou seja, tinha consciência da gravidade dos crimes quando os cometeu, sendo julgado posteriormente como um criminoso normal e não um doente mental. No segundo caso, se fosse considerado inimputável, ou seja, se não tivesse consciência dos seus atos, teria de receber tratamento num hospital psiquiátrico.

Em entrevista ao Portal G1, a defesa de Adson, Ariovaldo Stella Alves Filho, reforçou a versão de que seu cliente continua negando os fatos e que o sexo com as mulheres e dinheiro que pegava foram consentidos. 

Segundo as acusações feitas pelo Ministério Público (MP) contra Adson, ele abordava as vítimas e cometia os crimes contra elas quase sempre da mesma maneira: se apresentando como policial federal e produtor de TV.

Uma vítima, que não teve o nome divulgado, contou no processo que foi estuprada e roubada por Adson em 6 de outubro de 2017. De acordo com ela, após fingir ser policial federal, usando um documento falso, ele parou o carro, entrou, mostrou uma arma, que só depois soube ser falsa, e exigiu que os dois fossem a uma delegacia porque ela tentou matá-lo. 

Durante o trajeto, a beijava e exigiu que o masturbasse e fizesse sexo oral nele. Depois, ainda de acordo com a mulher, o abusador acariciou seus seios e genitália. la ainda relatou que Adson a obrigou a sacar R$ 1 mil de um caixa eletrônico e dar ele, que pegou o relógio, brincos e colar que usava. Posteriormente, o homem falou que os dois iriam a um motel para transar e assumiu o volante do carro da vítima, que decidiu saltar do automóvel quando este parou num semáforo. A mulher saiu correndo e pediu ajuda num bar. O agressor abandonou o carro e fugiu a pé.

Adson foi preso pela polícia cinco dias após o crime. A defesa da vítima afirma que ele é um maníaco, que usava a inocência das mulheres. 

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