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Estudantes ajudam ambulante idoso que enfrenta dificuldades por conta da pandemia

Há 43 anos, Cícero vende pastéis em frente ao colégio localizado em Santos-SP

Redação Jornal de Brasília

26/06/2020 8h40

O ambulante Cícero Bezerra, de 60 anos, ficou bastante emocionado ao receber a ajuda de diversos pais de estudantes de um colégio particular. Cícero vendia pasteis em frente a instituição de ensino, no entanto, devido a pandemia, ele teve que encerrar as atividades e enfrentou dificuldades financeiras. Com a ajuda de um ex-estudante do colégio, o ambulante conseguiu produzir um vídeo em que explica sua condição. Com a publicação do relato, diversas pessoas se mobilizaram. 

Há 43 anos, Cícero vende pastéis em frente ao colégio localizado em Santos-SP. O advogado André Afonso, de 35 anos, que já estudou no local junta da esposa, foi quem teve a ideia de produzir e compartilhar o vídeo. André relata que o ambulante sempre foi muito querido por todos que integravam a instituição.

Cícero falou com André, com quem já mantinha contato, e explicou que estava passando por dificuldades financeiras. Foi então que o advogado teve a ideia de gravar um vídeo para que as pessoas pudessem ajudar o ambulante. Passadas duas horas da publicação, Cícero já havia recebido várias ligações.

“Parei de trabalhar há mais de três meses. Usei a reserva para pagar as contas, mas o dinheiro já acabou. Sempre me mantive com o dinheiro do meu trabalho, então a pandemia foi um momento de muita tristeza e desespero pra mim”, relatou Cícero ao Portal G1.

Apesar de ser um dos beneficiários do programa de auxílio emergencial, o ambulante conta que o dinheiro não é suficiente, já que sua esposa também está desempregada.

“As coisas aumentaram muito no mercado, compramos poucos itens e já dá um valor alto. É difícil conseguir se manter com essa quantia, diante de todas as despesas que uma família tem”, relata.

Após a repercussão do vídeo, compartilhada até pelo colégio onde trabalhava, Cícero conta que chorou ao perceber o reconhecimento e o carinho dos alunos. 

“Não é fácil deixar de fazer o que ama, ter que ficar sempre dentro de casa e ainda perder a renda. Em muitos dias fico estressado. Mas recebi muitas ligações querendo me ajudar e até ligação até de um ex-aluno que mora em Portugal atualmente. Essas coisas nos dão força de seguir em frente”, finaliza.

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