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Escândalo no Necrotério de Harvard: Diretor acusado de tráfico de restos humanos

Outros cinco possíveis cúmplices foram acusados de participar de uma “rede nacional” de compra e venda de restos humanos

Redação Jornal de Brasília

15/06/2023 6h50

Foto: Divulgação/Harvard

De acordo com os procuradores dos Estados Unidos, o diretor do necrotério da renomada Faculdade de Medicina de Harvard, Cedric Lodge, teria retirado partes de corpos do local sem autorização e as vendido.

O procurador Gerard Karam afirmou em comunicado que Lodge, de 55 anos, foi acusado de tráfico de restos humanos roubados. Ele ressaltou que alguns crimes são difíceis de compreender e que é extremamente perverso pensar que as vítimas voluntariamente ofereceram seus corpos para serem usados na educação médica e no avanço da ciência e cura.

Lodge, sua esposa de 63 anos e outros cinco possíveis cúmplices foram acusados de participar de uma “rede nacional” de compra e venda de restos humanos. Segundo a promotoria, entre 2018 e 2022, Lodge teria roubado órgãos e outras partes de corpos doados para pesquisa médica e educação antes de serem cremados.

O diretor é acusado de levar esses restos de Harvard, em Boston, para sua casa em Goffstown, New Hampshire, onde os vendeu para dois outros acusados, Katrina Maclean e Joshua Taylor.

A promotoria destacou que Lodge, por vezes, permitia que Katrina e Taylor entrassem no necrotério para examinar os cadáveres e escolher quais comprar. Posteriormente, Maclean e Taylor revendiam os restos.

Segundo a acusação, Katrina teria enviado pele humana a Taylor para que fosse “queimada” e transformada em couro, conforme reportado pelo jornal “The Boston Globe”. Lodge era responsável pelo programa de doações anatômicas do necrotério de Harvard, mas a universidade informou que ele foi demitido em 6 de maio.

Além disso, outra acusada teria roubado restos de um necrotério no Arkansas, onde trabalhava, incluindo corpos de dois bebês natimortos que deveriam ser incinerados e devolvidos às suas famílias. Dois outros acusados supostamente compraram e venderam restos entre si, realizando transações eletrônicas no valor de mais de 100.000 dólares (cerca de R$ 485.000).

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