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Em Brumadinho, Luisa Mell se revolta com execução de animais: ‘palhaçada’

Arquivo Geral

30/01/2019 10h50

Reprodução

A apresentadora Luisa Mell publicou um desabafo em seu Instagram nesta terça-feira, 29, mostrando-se revoltada com a execução de animais na região de Brumadinho, em Minas Gerais, após o rompimento de uma barragem na cidade.

Na segunda-feira, 28, ao menos um helicóptero que sobrevoava o local tinha a missão de executar, com tiros, animais ilhados, presos na lama ou feridos. Um agente da Polícia Rodoviária Federal, armado com fuzil disparava contra eles na área do Córrego do Feijão.

“Eles não queriam salvar os animais, queriam assassinar os animais, que é o que estão fazendo atirando do helicóptero. A hora que escutei a história falei ‘não é possível uma coisa dessas!’. É verdade. Olha que lixo. Olha que barbaridade. Olha que atrocidade”, lamentou Luisa em seu Instagram.

“Infelizmente, alguns animais vão ter que ser eutanasiados. Eu tô ciente disso. Apesar de ser muito triste pra mim, a eutanásia é uma realidade em casos como esse. Mas o que a gente questiona é que não é eutanásia de cima de um helicóptero atirando. Isso é assassinato.”

“Tem outras maneiras dignas de sacrificar os animais e essa não é uma delas”, complementou em seus stories.

Luisa definiu a ação como uma “palhaçada” e criticou as autoridades por não terem feito uma contabilidade sobre os animais mortos.

A ativista ainda afirmou que se recusa a se retratar por suas críticas e acredita estar sendo “sabotada”: “Tão com um plano pra me tirar de todas as ações”. ”

“Pelo menos consegui atingir meu objetivo. Foi cancelada essa palhaçada de ficar atirando do helicóptero e agora tão começando a resgatar os animais. Talvez eu não consiga participar, porque tá todo mundo me sabotando, mas não tô nem aí. Se salvarem os animais, pra mim já tá bom.”

“Foram muitas pessoas, mas muitas que já tentaram me destruir, mas a verdade sempre se impõe. Podem inventar o que quiserem de mim, as pessoas sabem quem eu sou, eu trabalho, eu faço. Podia tá na praia com meu filho, onde eu tava, mas não, tô aqui trabalhando”, desabafou.

“Se eu sumir por aqui é que eu fui presa. Já tá todo mundo em cima de mim falando que querem me prender agora, só falta essa”

Execução de animais em Brumadinho

A decisão de executar os animais foi confirmada ao Estado pelo chefe da Defesa Civil de Minas, coronel Evandro Geraldo Borges. “O que vamos fazer? Deixar o animal sofrendo? Estamos sim, com equipe em campo executando esse trabalho, mas essa decisão só é tomada nos casos em que não há outra opção.”

Outra parte da equipe, disse o coronel, está empenhada em socorrer animais “em condições de serem retirados” da lama. Mas em muitas situações, declarou, só resta o tiro de misericórdia. “Não tem jeito. Tem animal preso, outro com perna quebrada. Temos de fazer escolhas, de retirar as pessoas, ir atrás de sobreviventes. Tudo que está sendo feito foi pensado. É isso.”

Em nota, a Polícia Rodoviária Federal informou que o procedimento de sacrifício dos animais foi realizado com o atendimento de todos os protocolos de segurança, “a pedido e sob a coordenação de uma veterinária, integrante do Conselho de Veterinária de Minas Gerais e supervisionado pelo comando das operações de resgate”.

Próximo da equipe de brigadistas que tenta abrir o ônibus tomado pelo barro, um boi cansado, sobrevivente da tragédia, foi batizado de Resistente pelos agentes. Um helicóptero se aproxima da área onde Resistente está. Não veio executá-lo, mas carregar o primeiro corpo de uma vítima que os agentes conseguiram retirar do ônibus.

Durante as oito horas em que o Estado acompanhou a operação, Resistente chegou a receber um pouco de feno e água. Nesta terça-feira, disseram os brigadistas, o boi deverá ser sedado, para que seja retirado dali. Com vida.

Fonte: Estadão Conteúdo

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