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Criança ficou com sequelas no braço após quebrar a clavícula no parto

A mãe conta que a criança não tem o movimento total do braço direito mesmo após meses de fisioterapia

Redação Jornal de Brasília

15/02/2023 6h42

Foto: Arquivo pessoal

A mãe de uma menina de três anos alega que a filha teve a clavícula quebrada e sofreu uma paralisia no plexo braquial [grupo de nervos que começa na medula espinhal e desce até o braço] durante o parto por conta do fórceps, um instrumento utilizado para ‘puxar’ a cabeça do bebê nesse momento.

Sophia Manuela Sant Anna da Silva nasceu em junho de 2019, no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, no litoral de São Paulo. Ela mora com a mãe, o pai e mais dois irmãos em Praia Grande, cidade vizinha. Segundo Natália Sant Anna, de 33 anos, o fórceps foi utilizado pela equipe médica no parto, que foi natural, pois a criança estava acima do peso e ela sem a dilatação necessária.

“A Sophia nasceu com um problema respiratório por conta do tempo do parto e foi direto para a UTI. Quando finalmente a peguei para amamentar, percebi que ela chorava muito. Perguntei no hospital e me disseram que era ‘normal’, mas respondi que não. Quando encostei no bracinho [direito] dela, vi que chorou ainda mais e percebi também que não o movimentava”, lembrou.

Ainda de acordo com a mãe da criança, um exame de raio-X foi realizado na sequência, no próprio hospital, e constatou a clavícula quebrada. A equipe médica do local também teria informado à família sobre a paralisia no plexo braquial, e encaminhou a menina para fazer oito meses de fisioterapia.

Natália acrescentou que, após o período indicado de fisioterapia, ela retornou ao hospital. Porém, não foi mais atendida pelo médico ortopedista que acompanhou o caso da criança. “Nunca mais consegui falar com ele. Nunca mais me procuraram para nada”. Segundo ela, a família já buscou por outros locais que podem continuar o tratamento de Sophia.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou, por meio de nota, que lamenta profundamente o ocorrido, se solidariza com a paciente e seus familiares e informou que vai realizar uma apuração rigorosa do atendimento prestado e da conduta dos profissionais no Hospital Guilherme Álvaro.

Movimentos reduzidos e dor no braço


A mãe da menina explicou, ainda, que mesmo após três anos, Sophia vive as consequências do parto. “Atrapalha quando ela corre, pois não tem o equilíbrio do braço. Ela faz tudo só com uma mão”. A família acredita que a criança precisa passar por uma cirurgia no membro.

“Ela não levanta o braço [completamente], apenas até a metade, e consegue mexer as mãozinhas. Quando tenta levantar, dá aquele ‘gritinho’, pois sente dor”, conta Natália.

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