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Buraco na camada de ozônio que surgiu sobre o Ártico se fechou

Com o aumento da temperatura na região e a consequente diminuição na força do vórtice polar de ar frio que vinha se acumulando ao longo dos meses, a camada protetora da Terra conseguiu se curar

Redação Jornal de Brasília

29/04/2020 11h12

Um buraco que havia surgido no Ártico se fechou completamente, segundo dados coletados pelo satélite Copernicus, da Comissão Europeia. Em março desse ano, o buraco apareceu na camada de ozônio, devido a uma série de condições atmosféricas incomuns. 

A camada de ozônio tem a função de agir como filtro solar para a Terra. Ela protege o planeta da radiação ultravioleta, que em excesso pode prejudicar os seres vivos. Após a descoberta do buraco na camada de ozônio, várias organizações têm desempenhado um esforço constante, a fim de estimular a redução do uso de produtos químicos nocivos que possam afetar a estrutura.

Pesquisadores relatam que o buraco está relacionado ao que a Agência Espacial Europeia (ESA) chamou de “condições atmosféricas incomuns” para o Hemisfério Norte. Dentre esses fenômenos, destaca-se um poderoso vórtice polar de ar frio que, quando diminuiu de força, permitiu que a ferida na camada de ozônio se curasse.

“O esgotamento do ozônio no Ártico em 2020 foi tão grave que a maior parte do ozônio na camada a uma altitude de cerca de 18 km foi esgotada”, explicou o Serviço Europeu de Monitoramento da Atmosfera, em comunicado.

O fenômeno de desgaste da camada de ozônio é causado principalmente por produtos químicos, dentre eles os clorofluorcarbonos (CFC), o bromo,  e outros que migram para a estratosfera. Esses produtos químicos se alojam dentro do forte vórtice polar que se desenvolve sobre a Antártica todo inverno, onde permanecem quimicamente inativos.

Apesar do buraco no Ártico ter se curando, o buraco na Antártica continua sendo uma preocupação mundial.  Devido à proibição de produtos químicos, a Nasa registrou uma diminuição do tamanho do fenômeno. O buraco de 2019 foi o menor já registrado, mas o processo de cicatrização ainda levará décadas.

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