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Batizada com nome de ‘Morto’ busca ajuda para mudar registro

Ela pretender ser oficialmente conhecida por Miza, nome que ela mesma adotou e passou a ser chamada por amigos e professores da faculdade

Redação Jornal de Brasília

23/07/2022 13h37

Foto: Reprodução

Uma guineense de 35 anos naturalizada brasileira foi registrada pelos pais com o nome de Morto Nogueira Correia. Desde 2014 morando no Ceará, onde veio estudar, ela buscou ajuda da Defensoria Pública estadual (DPCE) para, enfim, conseguir mudar o nome de batismo.

Ela pretender ser oficialmente conhecida por Miza, nome que ela mesma adotou e passou a ser chamada por amigos e professores da faculdade.

O nome recebido pelos pais foi motivado por um costume de Guiné-Bissau, país da África Ocidental, segundo Miza.

O descontentamento com o nome de batismo aliado ao conhecimento adquirido sobre direitos, hábitos e culturas foram decisivos para que Miza possa ter o nome que escolheu registrado no papel e, assim, ser reconhecida legalmente pelo nome que já é conhecida.

Ação de retificação

A supervisora do Núcleo de Atendimento e Petição Inicial (Napi), defensora Natali Pontes, afirma que será necessário ingressar com uma ação de retificação do registro e pôr fim ao constrangimento que ela sofre desde criança.

Para a guineense não faz sentido viver em um país totalmente diferente de Guiné-Bissau, e manter um nome que ainda que seja importante para etnia africana, não o é para a cultura local.

Escolha do novo nome

Miza revelou que a escolha por esse nome não foi tarefa difícil e igualmente tem ligação com tradições de Guiné-Bissau. Mais precisamente com uma promessa feita pelos pais dela. Desejosos de terem mais filhos (vivos), procuraram uma vidente e, diante da profecia da mulher, comprometeram-se a dar à futura filha o nome da médium.

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