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Avó entra na Justiça para mudar nome do neto registrado como ‘Lúcifer’

Para os cristãos, o nome remete ao diabo. O menino é a pessoa mais recente a ser registrada com este nome no Brasil

Redação Jornal de Brasília

01/02/2022 8h45

Foto: Arquivo/Agência Brasil

No interior do Ceará, uma avó materna entrou na Justiça para alterar o nome do neto de 10 meses, registrado como Lúcifer. Para os cristãos, o nome remete ao diabo. O menino, que nasceu em março de 2021, é a pessoa mais recente a ser registrada com este nome no Brasil.

A avó ficou com a guarda da criança depois de um duplo homicídio causado pelo pai. Em maio do ano passado, o genitor matou a mãe e o avô paterno do bebê com golpes de machado. O crime ocorreu na casa da família, na zona rural de Nova Olinda, quando o menino tinha somente dois meses de vida. O suspeito foi encontrado morto meses depois do crime.

Segundo o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), a ação para alterar o nome da criança foi ajuizada em junho de 2021, através da Promotoria de Justiça de Nova Olinda. Conforme determina a Lei 8.069/90, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, o processo segue em segredo de justiça.

O nome Lúcifer significa “portador da luz”. Na tradição cristã, ele é representado como um anjo cuja ambição era estar acima de Deus, e, por isso, foi expulso do céu para um profundo abismo, o que o tornou ‘diabo’.

De acordo com o Conselho Tutelar de Nova Olinda, desde o dia do crime, que chocou a cidade, o bebê e seus outros dois irmãos estão sendo acompanhados por conselheiros tutelares.

Dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, (Arpen-Brasil) indicam que entre 2016 e 2021, além do bebê cearense, outras duas pessoas, todas do Rio Grande do Sul, foram registradas como Lúcifer.

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