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Após justiça cancelar parto e tratamento, grávida tenta juntar R$ 232 mil para tratar filha

Grávida de uma bebê com síndrome congênita do “meio coração”, a mãe e gerente administrativa Gabriella Castro Silva, de 30 anos, viajou a São Paulo para o parto e tratamento da criança

Redação Jornal de Brasília

04/02/2021 13h34

Grávida de uma bebê com síndrome congênita do “meio coração”, a mãe e gerente administrativa Gabriella Castro Silva, de 30 anos, ela viajou a São Paulo para o parto e tratamento da criança. Porém, uma decisão na justiça determinou que o procedimento seja feito em Goiânia. De acordo com informações do G1, a mãe não pode pode viajar a Goiás devido ao estágio avançado da gravidez.

Agendado para as 8h desta quinta-feira, o parto estava marcado em um hospital referência em tratamento de bebês com “meio coração”, na capital paulista. Gabriella está na 39º semana de gestação e disse que vai à unidade de saúde, mas sem a esperança de ser recebida, já que seu plano de saúde não autorizou o procedimento após a decisão da justiça.

Foi então que Gabriella teve uma ideia. Ela concordou em abrir uma “vaquinha” na internet para receber doações. O objetivo é conseguir R$ 232 mil pra dar entrada do hospital, mas o grande medo da gestante é juntar tanto dinheiro em pouco tempo.

“Estou totalmente perdida. Ela [bebê que vai nascer] precisará de uma UTI nas primeiras horas de vida. Vou passar novamente por um obstetra porque já estou com 39 semanas e uma amiga decidiu abrir a vaquinha no meu nome com intuito de tentar dar entrara no hospital particular”, afirmou ao G1.

Caso não consiga o dinheiro, o advogado que a representa nos processos judiciais, Nilson Gerais, recomendou a procura do Sistema Único de Saúde (SUS).

O que diz o Instituto de Assistência à Saúde do Servidor Público de Senador Canedo (Iamesc)

Por meio de uma nota, o instituto afirmou que todas suas ações “são pautadas pelo respeito à lei e, em especial, à vida humana”.

Confira a nota na íntegra.

“Todas as ações do IAMESC são pautadas pelo respeito à lei e, em especial, à vida humana.

Com base nesses princípios fundamentais, esclarece que busca, desde o dia 06/01/2021, a melhor solução para o caso que envolve a Sra. Gabriela Castro e Silva e sua filha, diagnosticada com a Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE). Ocorre que, diante do caso, a Sra. Gabriela Castro Silva ajuizou ação contra o IAMESC (processo n.º 5005464-22.2021.8.09.0174), obtendo, de início, decisão favorável da Vara das Fazendas Públicas da Comarca de Senador Canedo/GO para a realização de uma cirurgia em São Paulo/SP.

Entretanto, o eg. Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, por meio da Desembargadora Elizabeth Maria da Silva, proferiu três decisões – nos dias 29/01, 1º/02, e a última em 02/02/2021 – no Agravo de Instrumento sob o n.º 5034638-16.2021.8.09.0000, determinando que o IAMESC realizasse o pagamento da cirurgia no Hospital da Criança em Goiânia/GO. Diante do caso, o Conselho Fiscal do Instituto, órgão responsável por sua fiscalização financeira e orçamentária, se reuniu no mesmo dia 02/02/2021 e não aprovou o pagamento da cirurgia junto ao Hospital Beneficiência Portuguesa , em São Paulo/GO em virtude das decisões proferidas.

O IAMESC ressalta que tentou todas as alternativas legais para a solução do caso, porém não pode descumprir ordem judicial do eg. Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, sob pena de responder por improbidade administrativa e crime.”

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