Menu
Na Hora H!

Adolescente com doença rara desmaia toda vez que ri demais

Condição é conhecida como cataplexia, uma súbita atonia muscular provocada por excitação nervosa de qualquer tipo, incluindo risadas

Redação Jornal de Brasília

14/01/2020 13h36

Billie Hodgson, uma jovem de 17 anos de Sheffield, no Reino Unido, evita passar muito tempo com seus amigos conhecidos por fazer boas piadas. Isso porque, como contou a estudante ao Daily Mail, ela tem uma doença rara que a leva a desmaiar toda vez que ri demais.

A condição é conhecida como cataplexia, uma súbita atonia muscular provocada por excitação nervosa de qualquer tipo, incluindo risadas. Ela é um sintoma da narcolepsia, condição em que o corpo não consegue regular apropriadamente os ciclos de sono.

Pacientes narcolépticos frequentemente não conseguem dormir durante a noite, mas sofrem de períodos de extremo sono durante o dia. Billie lamenta que não possa passar tanto tempo quanto queria com seus amigos.

“Eu sou uma pessoa animada naturalmente. Então, passar disso para a sensação que preciso evitar a risada é estranho. Eu sinto que não posso ser quem eu sou”, comentou.

“Meus amigos tentam não ser engraçados. Se eles me fazem rir, pedem desculpas. Quando estamos juntos, tento me manter longe de situações engraçadas. O pior é que fazemos piadas sobre a doença, porque é uma situação curiosa, e eu preciso encarar com bom humor”, disse ainda.

“É difícil explicar o que acontece quando eu desmaio, é como não ter controle do seu próprio corpo. Eu não consigo falar ou responder de nenhuma forma às situações. A parte mais frustrante é que eu estou consciente”, contou também.

A causa da cataplexia ainda é debatida pelos médicos, mas a teoria mais popular aponta uma deficiência do hormônio orexina, responsável por nos manter acordados durante o dia e nos ajudar a responder a situações estimulantes.

Billie descobriu a doença aos 14 anos. Ela estava andando pelo refeitório de sua escola, rindo com uma amiga, quando “caiu de joelhos no chão, sem explicação”.

“Todo mundo achou que eu tinha tropeçado, mas eu sabia que algo não estava certo. O médico me disse que todo mundo tremia um pouco quando ria”, lembrou a adolescente. O diagnóstico veio mais recentemente, no ano passado.

“Eu senti um misto de emoções”, admitiu a jovem. “Fiquei aliviada de ter finalmente uma resposta para as coisas que aconteciam comigo, mas com medo do que isso poderia significar para a minha vida”.

A cataplexia não tem cura, e o tratamento envolve a ingestão de remédios indutores do sono, para que a pessoa possa dormir durante a noite e controlar os sintomas durante o dia.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado