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Mundo

Protestos contra a morte de George Floyd chegam à Europa

Manifestantes saíram às ruas nas capitais do Reino Unido, Alemanh,e em Toronto, no Canadá e até no Rio de Janeiro

Redação Jornal de Brasília

31/05/2020 18h44

Os protestos contra a morte de George Floyd, um homem negro, de 46 anos, asfixiado até a morte pelo policial Derek Chauvin, na segunda-feira, 25, durante uma abordagem policial em Minneapolis, nos EUA, se espalharam por outras cidades no mundo neste final de semana. Manifestantes saíram às ruas nas capitais do Reino Unido, Alemanha e em Toronto, no Canadá.

Em Berlim, na Alemanha, milhares de manifestantes se reuniram em frente à embaixada americana. Muitos carregavam cartazes pedindo Justiça por George Floyd, com a frase do movimento “Black Lives Matter”.

Centenas de pessoas se reuniram neste domingo na Trafalgar Square, região central de Londres, para protestar contra a morte de George Floyd. Também foi registrado atos no distrito de Peckham. Os manifestantes gritavam “Justiça por George Floyd” e carregavam faixas e cartazes em homenagem ao afro-americano vítima da violência policial.

Na cidade canadense de Toronto, o protesto contra o racismo também foi em homenagem a Regis Korchinski-Paquet, um homem negro que morreu depois de cair de um prédio durante uma abordagem policial.

Já nos Estados Unidos, foi decretado toque de recolher em cerca de 25 cidades em 16 estados. Os protestos antirracistas estão se espalhando para grandes municípios do país, como Nova York, Seattle, Los Angeles, Chicago, Cleveland, Dallas, Atlanta, entre outras. Confrontos entre policiais e manifestantes já provocaram a morte de três pessoas e a prisão de mais de mil, de acordo com a imprensa local.

Black Lives Matter

Em 2013, quando o vigia que matou Trayvon Martin, de 17 anos, na Flórida, foi inocentado por um júri, a americana Alicia Garza publicou em seu perfil de Facebook a frase “nossas vidas importam”. Uma amiga chamada Patrisse Khan-Cullors emplacou a hashtag #BlackLivesMatter e Opal Tometi ajudou a criar a partir dali uma plataforma online para o que se tornaria um movimento. “É uma tristeza profunda. Desgosto atrás de desgosto. Pensei na família dele e na dor insuperável que devem estar sentindo agora Todos nós estamos sofrendo junto”, disse Patrisse em entrevista ao Estadão, ao falar sobre a morte de Floyd.

No Rio, manifestantes fazem ato na porta do Palácio Guanabara

Manifestantes se reuniram, com distanciamento um do outro, na porta do Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, para um ato em defesa das vidas negras. A manifestação da tarde deste domingo (31) ocorre em meio à onda de protestos nos Estados Unidos por causa da morte de George Floyd, sufocado pela polícia em Minneapolis, no Estado de Minnesota.

No caso do Rio, os participantes pedem o fim da morte de jovens negros nas favelas – como a do menino João Pedro, de 14 anos, morto neste mês durante operação policial no Complexo do Salgueiro, no município de São Gonçalo. Ele estava dentro de casa quando foi atingido.

Os manifestantes carregam cartazes com dizeres como “Vidas negras importam”, “Estado genocida” e “Parem de nos matar”. No ano passado, a polícia do Rio matou 1.810 pessoas, um recorde. O número representou um aumento de 18% em comparação com o ano anterior.

Em transmissão ao vivo do ato, o ativista Raull Santiago, do Complexo do Alemão, afirmou que eles estavam ali para “tentar sobreviver ao vírus sem ter que se esquivar do tiroteio da polícia, sem ter que carregar os corpos dos nossos irmãos e das nossas irmãs.”

Caso Floyd

Floyd, um homem negro de 46 anos, foi morto durante uma abordagem policial em Minneapolis na segunda-feira 25. O policial Derek Chauvin foi acusado formalmente na sexta-feira por assassinato em terceiro grau e morte imprudente. O agente aparece em um vídeo ajoelhando sobre o pescoço de Floyd durante oito minutos, enquanto a vítima grita: “Não consigo respirar!”, até perder a consciência.

Floyd era considerado suspeito pela polícia de utilizar uma nota falsa de US$ 20 em um supermercado da região. Segundo a legislação do Estado de Minnesota, o assassinato de terceiro grau é aquele em que a morte é causada de maneira não intencional, por um ato eminentemente perigoso. A pena para o crime é de até 25 anos de prisão.

No sábado, a esposa de Derek Chauvin, Kellie Chauvin, anunciou que vai se separar do policial. Em nota divulgada à imprensa, ela disse estar ‘devastada’ com o caso.

Estadão Conteúdo

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