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Mundo

ONU informa que 100.000 pessoas foram deslocadas desde o início da ofensiva turca na Síria

Além do êxodo de civis, a ONU alertou para outras consequências humanitárias que já começaram a surgir

Lindauro Gomes

11/10/2019 14h26

People gather at the site of an explosion in the northeastern Syrian Kurdish city of Qamishli on October 11, 2019. – An explosives-laden vehicle detonated today in a busy neighbourhood of Qamishli, one of the main Kurdish cities in northeastern Syria, officials said. The attack, which Kurdish officials said caused several casualties, came as Kurdish forces were trying to hold off a massive cross-border assault by Turkey and its proxies. (Photo by Mohammed AHMAD / AFP)

A ofensiva turca no norte da Síria causou o deslocamento de cerca de 100.000 pessoas, anunciaram as Nações Unidas nesta sexta-feira.

“Cerca de 100.000 pessoas deixaram suas casas”, segundo o comunicado da ONU, divulgado no terceiro dia da ofensiva de Ancara.

Além do êxodo de civis, a ONU alertou para outras consequências humanitárias que já começaram a surgir.

Uma estação de bombeamento de água que abastece 400.000 pessoas na cidade de Hassake e arredores parou de funcionar, explicou.

Cinco jihadistas fugiram da prisão após ataques da Turquia, dizem curdos

Foto: Bulent Kilic/ AFP

As forças curdas anunciaram nesta sexta-feira (11) a fuga de cinco extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) de uma prisão perto da cidade de Qamichli, no nordeste da Síria, após ataques aéreos turcos contra seus arredores.

Desde quarta-feira (9), a Turquia conduz, com o apoio de rebeldes sírios, uma ofensiva terrestre e aérea contra as forças curdas no noroeste da Síria. Os curdos estabeleceram uma zona autônoma nesta região.

Os cinco membros do EI detidos pelas forças curdas, que lutam contra uma ofensiva turca desde quarta-feira, escaparam da prisão de Navkur, nos arredores de Qamichli, uma cidade predominantemente curda, disse uma autoridade das Forças Democráticas Sírias (FDS).

Um agente penitenciário disse à AFP que o local abrigava “combatentes estrangeiros” do EI.

Enquanto isso, outro oficial das FDS relatou bombardeios “recorrentes” perto da prisão de Jirkin, nas proximidades de Navkur, onde também há extremistas do EI presos.

A ofensiva turca foi condenada por vários países ocidentais, que temem a incerteza sobre o destino de milhares de jihadistas prisioneiros das FDS.

Cerca de 12.000 combatentes do EI – entre sírios, iraquianos e de 2.500 a 3.000 estrangeiros de 54 países – estão detidos nas prisões curdas, segundo uma autoridade curda, Abdel Karim Omar.

Estas autoridades administram um total de sete prisões de segurança máxima, de acordo com uma fonte curda. Também detêm milhares de familiares em campos no nordeste da Síria, incluindo Al-Hol, onde houve um tumulto nesta sexta-feira.

Considerando que “o combate contra o Daesh (acrônimo do EI em árabe) corre o risco de ser retomado”, o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, pediu ontem uma “reunião de emergência” da coalizão antijihadista internacional liderada por Washington.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), da qual a Turquia faz parte, convocou seus membros a “permanecerem juntos contra (seu) inimigo comum”, o EI.

Agence France-Presse

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