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Filha de general morto diz que “plano” de Trump falhou e uniu Irã e Iraque

Para Zeinab Soleimani, filha do general iraniano Qasem Soleimani, Trump quis causar separação entre os dois países, mas acabou por provocar “ódio eterno por Estados Unidos”

Redação Jornal de Brasília

06/01/2020 8h37

Para a filha do general iraniano Qasem Soleimani, morto em um ataque americano em Bagdá (Iraque) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trabalha para separar o Irã e o Iraque. Zeinab Soleimani afirmou nesta segunda-feira (6) que o “plano maligno” falhou e fez com que os dois países do Oriente Médio criassem “ódio eterno por Estados Unidos”.

“Trump, seu jogador compulsivo, seu plano maligno de causar separação entre o Iraque e do Irã com seu erro estratégico de assassinar Qasem Soleimani e Abu Mahdi Al-Muhandis [líder da milícia iraquiana] falhou e só causou unidade histórica entre as duas nações e provocou seu ódio eterno por Estados Unidos .”

“Morte aos Estados Unidos”

Milhares de iraquianos entoaram, neste sábado (4), em Bagdá, palavras de ordem contra os Estados Unidos no funeral do general iraniano Qasem Soleimani e de um líder miliciano, mortos no Iraque por um drone americano.

Pouco antes, um novo ataque aconteceu no norte de Bagdá contra um comboio da Hashd Al Shaabi, uma coalizão paramilitar pró-iraniana que faz parte das forças de segurança do Iraque, segundo uma fonte policial.

“Há mortos e feridos”, disse Hashd, acusando os Estados Unidos, que ainda não reagiu.

O assassinato, na sexta-feira (3), de Soleimani – o arquiteto da política do Irã no Oriente Médio – e do líder miliciano Abu Mehdi Al Muhandis – número dois da Hashd Al Shaabi e considerado o homem do Irã em Bagdá – faz temer um novo conflito na região.

 

O Irã prometeu “uma dura vingança no momento e no lugar apropriados”.

O ataque perto do aeroporto de Bagdá destruiu completamente dois veículos e deixou um total de dez mortos, cinco iraquianos e cinco iranianos.

Neste sábado, milhares de pessoas gritavam “Morte aos Estados Unidos!” no bairro xiita de Kazimiya, em Bagdá, durante o cortejo fúnebre do general e do líder miliciano.

Com agências

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