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Mundo

China começa a fazer compras grandes de produtos agrícolas americanos, diz Trump

Ao comentar sobre a economia, Trump ainda evocou seu slogan de campanha. “Faça a América grande de novo, faça os acordos comerciais grandes de novo”

Aline Rocha

12/11/2019 16h44

Da Redação
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que a China está “começando a fazer grandes compras” de produtos agrícolas americanos, durante evento no Clube Econômico de Nova York. Ao responder a questões depois de um discurso, Trump disse que tem havido progresso no diálogo, mas também que pode levar tempo até que se concretizem as diferentes fases de um potencial acordo bilateral.

Trump advertiu ainda que, caso não ocorra um acordo com Pequim, haverá elevação “significativa” de tarifas sobre produtos chineses. Ao ser questionado sobre riscos à economia, ele disse avaliar que, na sua opinião, o maior risco seria a eleição presidencial americana. De qualquer modo, se disse confiante de que vencerá. “Vocês não têm escolha a não ser votar em mim”, brincou, ao fazer críticas à oposição democrata.

O presidente americano disse ser “em vários sentidos um ambientalista”, mas deixou claro que não pretende prejudicar setores como a produção de petróleo e gás por causa disso, com o argumento de que é preciso preservar milhões de empregos nessas áreas.

Fed nos coloca em desvantagem competitiva em relação a outros países, diz Trump

O presidente americano, Donald Trump, afirmou que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) coloca o país em “desvantagem competitiva” em relação a outros países. “Estamos competindo com economias que cortaram juros”, afirmou em discurso sobre a economia no Clube Econômico de Nova York.

Trump voltou a dizer que o Fed, que reduziu a taxa dos Fed funds três vezes neste ano, para a faixa entre 1,50% e 1,75%, foi “muito lento” ao cortar juros. Segundo o presidente, contudo, a economia avançou “apesar” das altas taxas e do aperto quantitativo do banco central. Ao fazer os comentários, Trump foi apoiado pela plateia e brincou: “apenas os inteligentes estão aplaudindo”.

O republicano celebrou os números dos mercados acionários americanos, que estão perto de máximas históricas – hoje, o S&P 500 e o Nasdaq renovaram recordes intraday. “Desde a minha eleição, o S&P 500 subiu mais de 45%, o Dow Jones, mais de 50%, e o Nasdaq, 60%”, disse. Ele argumentou ainda que, sem o Fed, os três índices poderiam ter avançado 25 pontos porcentuais a mais

Trump ainda ressaltou os números do mercado de trabalho e renda no país, que “estão crescendo rapidamente”. Na sua avaliação, “ultrapassamos nossas metas para a economia por margem larga”.

Comércio

Ao comentar sobre a economia, Trump ainda evocou seu slogan de campanha. “Faça a América grande de novo, faça os acordos comerciais grandes de novo”. Logo após, se corrigiu, dizendo que os pactos com outras nações nunca foram muito bons. “Não usaria a expressão de novo [para acordos comerciais]”, ironizou.

Fase 1 de acordo com China poderia ocorrer, e poderia ocorrer rápido, diz Trump

A chamada “fase 1” de um acordo comercial entre Estados Unidos e China “poderia ocorrer, e poderia ocorrer rápido”, afirmou o presidente americano, Donald Trump, durante discurso no Clube Econômico de Nova York. Ele ponderou, no entanto, que só aceitará o pacto bilateral se for bom para seu país e seus trabalhadores.

Trump voltou a acusar Pequim de manipulação cambial. “A China está desvalorizando sua moeda” para obter vantagens no comércio, criticou. Ainda segundo o republicano, desde a entrada do gigante asiático na Organização Mundial do Comércio (OMC), “ninguém manipulou seus números melhor do que eles”.

Segundo o republicano, a China tira vantagens da OMC por sua designação como um país em desenvolvimento. Ele contou ainda que, “há um tempo”, autoridades da Casa Branca enviaram uma carta “dura” à China em que afirmavam não ser justo que o gigante asiático seja considerado um país emergente.

“O comércio deve ser justo e, para mim, deve ser recíproco”, defendeu Trump. “Somos competitivos como nenhuma outra nação”, acrescentou.

 

Estadão Conteúdo

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