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Mundo

Após quase 70 anos, EUA voltam a executar uma mulher

Lisa Montgomery será morta em dezembro por ter estrangulado uma mulher grávida e cortado a barriga dela para sequestrar o bebê

Redação Jornal de Brasília

19/10/2020 9h42

Os Estados Unidos vão voltar executar uma mulher após quase 70 anos da última morte decretada pelas autoridades no país.

Lisa Montgomery vai receber uma injeção letal no dia 8 de dezembro por ter estrangulado uma mulher grávida e cortado a barriga dela para roubar o bebê, de oito meses, em 2004. A decisão foi anunciada pelo departamento de Justiça estadunidense no último sábado (17).

Em 2004, Lisa foi até a casa de Bobbie Jo Stinnett para comprar um cachorro. Porém, a criminosa estrangulou a gestante até ela perder a consciência. Lisa, então, cortou a barriga de Bobbie com uma faca de cozinha, o que levou a vítima a acordar novamente. Neste momento, a mulher estrangulou a vítima até a morte.

Em seguida, Lisa retirou o bebê do corpo de Bobbie e o sequestrou. A acusada foi encontrada no dia seguinte, e a criança foi entregue ao pai. O recém-nascido tem, hoje, 16 anos de idade.

Os advogados da então acusada argumentavam que ela tinha distúrbios mentais devido a danos cerebrais sofridos devido a espancamentos que recebia na infância, no seio familiar. Disseram também que ela sofria de “gravidez psicológica”, fenômeno que ocorre quando uma mulher acredita estar grávida, mesmo sem star. Contudo, em 2007, a Justiça considerou Lisa culpada de sequestro e assassinato e recomendou, por unanimidade, a pena de morte.

Último caso

Os EUA não executavam uma cidadã americana de sexo feminino desde 1953, quando Bonnie Heady foi morta em uma câmara de gás após participar do sequestro e assassinato de um menino de seis anos. Entre 1988 e 2018, 78 pessoas foram condenadas à morte em processos federais, mas apenas três foram executadas.

Em julho passado, o governo Trump retomou as execuções federais pela primeira vez em 17 anos. Também está marcada para dezembro a execução de Brandon Bernard, que assassinou dois jovens líderes religiosos em 1999.

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