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ALERTA: EUA exige investigação internacional “robusta e clara” sobre origens da covid-19

Observaram-se várias mutações do SARS-CoV-2, a grande maioria sem consequências. Algumas podem, no entanto, dar-lhe vantagens

Redação Jornal de Brasília

27/01/2021 15h37

Foto: Reprodução

Os Estados Unidos querem que seja aberta uma investigação internacional “robusta e clara” sobre as origens da pandemia de covid-19, que surgiu em dezembro de 2019, na China, disse nesta quarta-feira (27) a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

Em declarações à imprensa na véspera do início das investigações de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) que estão em Wuhan, Psaki expressou ser “imperativo chegar ao fundo” de como o vírus apareceu e se propagou em todo o mundo.

Os Estados Unidos “apoiam uma investigação internacional que, do nosso ponto de vista, deve ser robusta e clara”, acrescentou.

Washington “avaliará a credibilidade do relatório de investigação assim que for concluído” e aproveitará “as informações coletadas e analisadas pela inteligência dos Estados Unidos” sobre o assunto, explicou a porta-voz durante sua entrevista coletiva diária.

Os dez pesquisadores internacionais da OMS chegaram a Wuhan em meados de janeiro. Depois de cumprir um período de quarentena, as investigações devem começar nesta quinta-feira na primeira cidade do mundo a colocar em prática um confinamento, em 23 de janeiro de 2020.

A visita é muito sensível para o regime chinês, preocupado em evitar qualquer responsabilidade na origem desta pandemia que já deixou mais de 2,1 milhões de mortes em todo o mundo, enquanto na China está praticamente erradicada, segundo informações oficiais.

O novo secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, também garantirá que os especialistas científicos e políticos do gigante norte-americano estejam presentes na China para representar os interesses de seu país, destacou a porta-voz da Casa Branca, após a deterioração das relações entre Pequim e Washington nos últimos anos levar ao fechamento de consulados em ambos os países.

Variante britânica do coronavírus atinge 70 países, e sul-africana, 31

A variante britânica do novo coronavírus se encontrava presente pelo menos em 70 países em 25 de janeiro, dez a mais do que no balanço de 19 de janeiro – alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta quarta-feira (27).

A cepa sul-africana, outra mutação do vírus também altamente contagiosa, foi detectada em 31 países, oito a mais do que na contagem anterior, de talhou a OMS em sua revisão epidemiológica semanal.

A variante brasileira foi detectada em seis novos países, estando agora oficialmente presente em oito.

Estão sendo feitos estudos no mundo todo para averiguar o motivo pelo qual a variante britânica é tão contagiosa. Sabe-se que essa cepa é mais transmissível, mas se conhece pouco sobre seu nível de periculosidade.

Em 22 de janeiro, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que a variante britânica também parecia ser mais letal.

Os cientistas disseram, porém, que os dados indicando que a letalidade da “variante inglesa” é entre 30% e 40% superior à dos vírus clássicos ainda são limitados.

Nesse sentido, a OMS também se mostrou prudente.

“Os resultados são preliminares, e são necessárias mais análises para corroborar essas conclusões”, indicou a agência da ONU em seu boletim.

As variantes são versões diferentes do coronavírus inicial, que aparecem com o tempo, devido a várias mutações. É um fenômeno normal na vida de qualquer vírus.

Desde seu surgimento, observaram-se várias mutações do SARS-CoV-2, a grande maioria sem consequências. Algumas podem, no entanto, dar-lhe vantagens, como uma maior transmissibilidade.

© Agence France-Presse

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