Era uma manhã fria, nublada e seca. Situação habitual para quem mora no DF. Dispostas a se acostumar com o clima do centro-oeste, as jogadoras do Brasília/Vôlei encontraram um motivo a mais para sorrir no treino de ontem, em Taguatinga.
Passado o susto do possível afastamento da ponteira Érika para o próximo confronto da Superliga contra o Maranhão – devido à uma recente lesão nas costas -, a atleta fez todos os exercícios definidos pelo técnico Sérgio Negrão e não reclamou de desconforto algum.
“Tive uma contratura nas costas por movimento, algo que o corpo não está acostumado. Me estiquei demais para pegar uma bola e senti. Fiquei dois treinos fora, me recuperando, mas já estou de volta. Hoje (ontem) foi tranquilo”, explica a experiente atleta.
Após explicar o motivo de sua lesão, ela confirma: “Estou super bem e a minha presença é garantida contra o Maranhão na próxima terça-feira”, sustenta a atleta.
Segundo Érika, o que pesa nos treinos não é o esforço físico que tem de fazer para se preparar para os jogos, e sim a duração dos treinos somada ao clima. “Os treinos são longos. O calor, a falta de ar e a secura também atrapalham. Eu senti falta de ar e tive que parar um pouco para retomar o fôlego”, conta.
MAIS UMA, MENOS UMA
Enquanto Érika retomou o posto em quadra para recuperar os dois dias perdidos, o seu lugar no departamento médico foi ocupado pela líbero Veridiana, a Verê. Vinícius Martins, fisioterapeuta do elenco, disse que a atleta passa por tratamento à base de analgesia e eletroterapia, e é peça certa contra a equipe maranhense. “Ela sentiu uma fisgada na coxa direita, no quadríceps. Isso é fruto de um cansaço pelo ritmo forte dos treinos, mas está tudo sob controle. Não treinou hoje (ontem), mas a recuperação dela é muito boa”, garante o profissional.
Sentada com os pés em cima do banco, Verê não deixou de passar palavras de apoio às colegas enquanto observava o treino de ontem. “Ela diz que está tudo bem. Vamos ver como será na terça”, disse Sérgio Negrão.
Quando se levantou do banco e caminhou pela quadra, Verê mostrou desconforto, pois mancava enquanto dava alguns passos..
Saiba Mais
Em sua segunda partida na Superliga feminina, a primeira em casa, o Banana Boat/Minas Gerais bateu, na última sexta-feira, o Minas Tênis Clube por 3 x 0, em Uberlândia (MG).
A maior pontuadora da partida foi a ponteira Michelle Pavão, da equipe mandante, com 11 pontos, e a vencedora do Troféu VivaVôlei foi a líbero Tássia, também do mesmo elenco.
Enfrentando o time por onde passou, Tássia exaltou o desempenho de sua equipe e o reencontro com o Minas Tênis Clube.
Brincadeira um pouco sem graça
O início do treino de ontem foi marcado pelas brincadeiras entre as próprias atletas do Brasília/Vôlei. Cientes do dever de treinar e trazer bons resultdos, elas uniram o útil ao agradável com uma brincadeira chamada “manchetão”.
O time é dividido em duas equipes e o objetivo é fazer grandes rallys, devolvendo a bola para a outra quadra apenas com manchetes.
Os pontos eram contados quando alguém deixava a bola cair. Na soma final, a equipe com a menor pontuação era colocada lado a lado, de costas, para receber boladas de ataque das vencedoras como forma de punição.
“Acerta essa bola direito e com força porque vai ter volta”, ameaçou, aos risos, Eli Enoch, integrante da “equipe perdedora”.
Pronta para receber o castigo, Eli se protegeu em vão dos ataques das demais, pois não recebeu nenhum “castigo”. “Eu avisei”, concluiu a oposta, em tom sério.
Não soube brincar
Segundo o técnico Sérgio Negrão, esta brincadeira originou a lesão na coxa direita da líbero Veridiana. Ela pode desfalcar o Brasília/Vôlei, contra o Maranhão.