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Técnico cobra grandes eventos para atletas não "amarelarem" em 2016

Arquivo Geral

10/10/2013 10h15

Disputar os Jogos Olímpicos de 2016 diante da torcida brasileira é considerado um incentivo pelos atletas no período de preparação, mas o fato gera preocupação em treinadores. Alguns temem que os esportistas tenham dificuldades para resistir à pressão gerada por participar em casa do maior evento esportivo do mundo e querem que o Brasil receba grandes competições nos próximos anos para diminuir este risco.

 

Um dos treinadores que defendem esta estratégia é Marcos Goto, que trabalha diariamente com Arthur Zanetti. Apesar de confiar na preparação psicológica de seu atleta, campeão olímpico e mundial na prova de argolas, ele acredita que competidores mais jovens dentro da Seleção Brasileira possam ser vulneráveis à pressão.

 

“É inevitável que o País faça grandes eventos porque terá uma pressão grande em cima desses atletas. Um ginásio lotado com 10 mil pessoas gritando seu nome, não sei se eles aguentarão. Depois vão falar que o cara amarela. Não é que o cara amarela, é o País que prepara ele mal”, disse Goto.

 

A linha de pensamento do técnico do maior ginasta da história do Brasil é a mesma de José Roberto Guimarães, bicampeão olímpico com a Seleção feminina de vôlei. Temendo a pressão que sua equipe receberá por defender em casa as medalhas de ouro dos Jogos de Pequim-2008 e Londres-2012, ele quer que o País receba já no próximo ano a fase final do Grand Prix, o que ainda está em negociação.

 

O Brasil recebeu entre 2004 e 2006 etapas da Copa do Mundo de ginástica artística, mas está fora do calendário da competição desde então. Da Seleção Brasileira masculina que foi ao último Campeonato Mundial da modalidade, na Antuérpia, apenas Diego Hypolito participou destes eventos.

 

“Eu gostaria muito de ter uma Copa do Mundo aqui no Brasil porque é uma competição que dá muita atenção para a ginástica e faz o ginásio lotar. A gente só sabe que vai ter o evento-teste das Olimpíadas porque é obrigatório. A gente sempre tenta conversar sobre isso, mas não é assim fácil”, explicou Zanetti.

 

Neste fim de semana, o ginasta paulista conquistou a medalha de ouro nas argolas do Campeonato Mundial da Antuérpia. Ele foi o único brasileiro a subir ao pódio na competição disputada na Bélgica. 

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