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Scheidt confirma que vai brigar na Star em Pequim

Arquivo Geral

30/11/2006 0h00

O iatista Robert Scheidt confirmou as expectativas e oficializou, nesta quinta-feira, sua decisão de buscar uma vaga às Olimpíadas de Pequim na Star. Supercampeão na Laser, o medalhista olímpico se dedicou durante todo este ano à nova classe e mantinha uma pequena dúvida se brigaria com Torben Grael e Marcelo Ferreira pela vaga olímpica.

Ao lado do proeiro Bruno Prada, Scheidt conquistou resultados satisfatórias na Star durante 2006 e finalizou o ano, inclusive, na liderança do ranking mundial. Na última semana, ele retornou à Laser, entretanto a retomada será apenas para a disputa dos Jogos Pan-americanos 2007, competição na qual a Star não está no programa.

Dono de oito títulos mundiais na Laser, duas medalhas de ouro e uma de prata olímpicas, Scheidt confessou que sua mudança é em busca de novos desafios e para que tenha mais longevidade no esporte.

"Foi uma decisão difícil. Estou na Laser desde os 16 anos, foi a classe que me consagrou, que fez meu nome. Mas encontrei uma pessoa motivada e que tem talento", explicou, elogiando a parceria com Prada. "Este ano fizemos uma campanha ascendente e essa evolução tornou claro que a campanha olímpica vai ser na Star".

Sem temer a disputa com os também bicampeões olímpicos (de Star) Torben e Marcelo, Scheidt afirma que a decisão não levou em consideração uma provável desistência do projeto olímpico da dupla para disputar a Volvo Ocean Race. "A decisão de forma alguma se baseou em Torben. A gente não pode se preocupar com o que os outros estão fazendo", afirma o velejador paulista, destacando a rivalidade e o respeito que existe entre eles.

"Estamos prontos para o desafio", garante Scheidt. "Vai ser uma briga dura, mas a transição vem em momento bom e vamos fazer um trabalho duro e sério". O proeiro Prada também está confiante. "Fico feliz que Robert tenha tomado esta decisão. Este era um ano crucial, mas não foi um ano fácil".

Apesar de terem fechado a temporada na liderança do ranking internacional, ele ressalta que os dois primeiros meses da dupla na classe foram complicados. "Em janeiro e fevereiro, era quase desanimador porque não conseguíamos ficar entre os dez nas provas".

Ao longo do ano, contudo, a situação mudou e a dupla sentiu os reflexos não apenas na água, mas também nos bastidores. "Em nossa primeira prova tivemos de pagar US$ 3 mil para alugar um barco intermediário em Miami. No final do ano, competimos com um barco supercampeão que o dono emprestou", compara Prada.

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