“Quarentões”, os ex-atletas revelados na década de 1990 lembram com carinho da época em que doaram suas juventudes ao esporte da bola laranja, na capital. Antonio José – o Tonico –, Jean Pierre e Cláudio Brasília, o único que vive da modalidade até hoje, comparam o passado com os dias atuais, principalmente no investimento nas categorias de base.
“Antes não tínhamos um time adulto tão bom quanto o que temos agora (UniCeub), mas as nossas categorias de base eram completíssimas. Hoje, ocorre o inverso, o jovem atleta sai para se profissionalizar fora e volta adulto”, exemplifica Jean, ex-AEB e Minas.
Detentor de vários títulos estaduais, Tonico se diz sortudo por ter defendido a camisa da seleção na última Olimpíada, ao lado de Oscar e Pipoka, em Atlanta (1996). Afastado das quadras por lesão, o ex-atleta compartilha da opinião de Jean.
“Lembro que em Brasília muitos times disputavam estaduais e todos eram muito novos. Acho que falta um pouco disso na capital atualmente”, comenta.
PAIXÃO SEM LIMITES
Dos três ex-atletas, Cláudio Brasília foi o único que atuou na modalidade até quando não podia mais. Aos 42 anos, ele jogou pelo Uberlândia até a temporada 2011/2012 – ele é um velho conhecido da torcida candanga por ter atuado na capital pelo UniCeub. Hoje, integrante da comissão técnica do time mineiro, ele aprende a viver do esporte agora por outro ângulo. “A gente nunca pensa no que vai fazer depois que aposenta. É difícil não atuar mais, mas a gente consegue observar melhor as coisas.”
Por ter se aposentado aos 29 anos, conseguiu dar seguimento aos estudos e atualmente é advogado concursado. “Aprendi a ter disciplina com o basquete e isso refletiu muito depois que parei de jogar”, diz o ex-AABB.