Brasília, 17 de outubro de 1963. Foi neste dia que a capital viu nascer o basquete no primeiro torneio oficial do esporte no Planalto Central. Naquele ano, grandes nomes da modalidade sentiram pela primeira vez a sensação de jogar com torcida e disputar pontos à vera no espaço ocupado pelo Teatro Nacional. Hoje, o Jornal de Brasília dá início à série sobre os 50 anos de basquete na cidade, em cinco reportagens publicadas aos domingos.
Em 1963, os jogadores nem imaginavam ter um ginásio oficial em Brasília – o Nilson Nelson foi inaugurado 10 anos depois. Sem um local fixo, as partidas eram feitas na quadra do colégio Caseb, na 909 Sul, uma das três áreas disponíveis – havia outra no Vizinhança e a última na 303 Sul. Quando chovia, porém, o único lugar coberto e com capacidade para receber os confrontos seria o Teatro Nacional, ainda em construção. “Apesar de estranho, lá era o único lugar que poderia comportar a todos”, diz Pedro Rodrigues, ou apenas professor Pedro. “Era tudo improvisado, o Teatro não estava pronto ainda, mas sediou alguns jogos. É estranho, mas engraçado. Foi montado um tablado na sala que, hoje, provavelmente seja a Villa Lobos”, supõe Jael.
Jael dividia a posição de ala com o jovem Helvécio Melo no time da AABB. Com apenas 16 anos, Helvécio foi considerado um prodígio da época, pois integrava as equipes juvenis e disputava torneios adultos simultaneamente.
Com 65 anos, ele descansa na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. “Lembro que lá era mais gostoso e aconchegante. Sem falar naquele piso de madeira, bem melhor de se jogar do que a quadra de cimento do Caseb”, compara.
Os campeões
AABB: Ruthênio Aguiar (falecido); Newton José Diniz (falecido); Henrique Silva (falecido); Carlos Tolentino; Daniel Amorrelli; Helvécio Rocha Melo; José Leopoldo Cunha (o Pará); Bruno Pedro Rosci; Jael Antonio da Silva; Adão de Souza; Hebert Rodrigues e Carlos Macedo.
Técnico: Pedro Rodrigues de Souza.
Árbitro da final do torneio: Dilermando Cruz e J. Tranquiline.
Presidente da Federação Brasiliense de Basquete: Roosevelt Nader.
A reportagem completa está disponível na edição digital. Acesse www.jornaldebrasilia.com.br/edicaodigital
