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O novo voo do Dragão

Arquivo Geral

25/10/2013 9h35

Ex-campeão da categoria meio-pesado, o baiano Lyoto Machida fará sua estreia no peso médio contra o amigo Mark Muñoz, no UFC Fight Night 30, amanhã, em Manchester,  na Inglaterra.

 

O carateca, que só iria lutar em 6 de novembro contra Tim Kennedy, atendeu o chamado do UFC para substituir o lesionado Michael Bisping na luta principal, antecipando a preparação e a  adaptação à sua nova categoria. Em conversa com o JBr., o lutador mostra confiança e paciência para disputar o título, mas avisa: vai buscar o cinturão para se tornar o quarto lutador da história do UFC  a obter o título em duas divisões distintas.

 

Como é lutar com um amigo que treinou algumas vezes contigo? A tática na luta tem que ser diferente? Vai inovar para não ser surpreendido?

A gente sempre tem uma carta na manga. É claro. Tenho que buscar algo diferente. Acaba dificultando mais a luta, mas ganho um pouco também por conhecê-lo.

 

O pouco tempo de preparação para esta luta  te  atrapalhou? Ou você, mesmo ciente disso, topou o combate para não deixar o UFC na mão e recuperar-se rapidamente da derrota sofrida para o  Phill Davis?

Não me atrapalhou porque vinha treinando num ritmo muito forte. Estava preparando para cortar o peso dez dias depois do da luta (iria lutar somente em 6 de novembro). Estava mais preocupado com o corte de peso. mas estou bem.

 

Mark Munoz e Anderson Silva perderam para o Chris Weidman na sua atual categoria.  Já dá para projetar um encontro com o norte-americano  e vingar os amigos?

Não penso dessa forma (de revanche). Penso mais que cada um tem o seu momento. Está cedo demais para falar (em disputa por cinturão). Acabei de chegar na categoria.

E se você se sair  bem nos Médios. Toparia encarar o amigo Anderson Silva em uma disputa de cinturão ou aguardaria a vez?

O Anderson está em outro patamar, e eu acabei de chegar. Nem penso nisso.

 

Dana White (presidente do UFC) comentou recentemente que a  sua luta contra o Mark Muñoz é melhor para a sua carreira, até por ter mais visibilidade. É por aí?

Com certeza. O Mark é o 5º colocado no ranking. É uma luta bem mais atrativa para mim. O Keneddy está lá embaixo no ranking.

 

O presidente do UFC criticou também  o seu estilo de luta, que ele classificou como “conservador”,  dizendo que você poderia perder fãs no MMA. O que vemos no Brasil é o  contrário. As pessoas gostam muito de você  por tudo o que você faz no esporte. Vale a pena manter o seu estilo de luta, que  também agrada os brasileiros?

Tenho que lutar para  agradar os meus   fãs. Se não estou agradando é porque tenho que melhorar. Vou buscar isso já no sábado (amanhã), mas sem mudar totalmente o meu estilo.

 

Apesar de ter conectado mais golpes na derrota para o Phill Davis, o fato dele ter te derrubado pode ter influenciado na decisão dos árbitros.  Trabalhou apra melhorar esse fundamento?

Treinei bastante (a defesa de queda), até por respeito aos fãs. É fundamental contra um  wrestler.

 

O Demian Maia  desceu de categoria – médio (até 84 kg) para o meio-médio (até 77 kg) –  e a decisão fez muito bem para ele. Acredita que pode ocorrer o mesmo contigo?

Espero fazer uma grande luta nessa estreia. O cinturão é o maior objetivo, claro,  mas primeiro quero ir bem na minha nova categoria.

 

O José Aldo pensa em subir para o peso leve (atualmente é campeão do peso pena) para buscar o cinturão e ser um dos poucos no UFC a ser campeão em duas categorias. Disse que quer se tornar uma lenda do esporte. É um objetivo seu também?

É o sonho de cada atleta. Poucos fizeram isso. Temos aí os exemplos do BJ Penn, o Randy Couture (Vítor Belfort é o outro atleta a conseguir o feito). É algo que vou buscar. Vou deixar para falar disso mais para frente. 

 

JBR: E a luta de sábado. Vai nocautear Muñoz?

É o que vou tentar.

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