Em quatro anos na equipe principal do UniCeub, o pivô Ronald nunca foi a primeira opção de José Carlos Vidal, ex-técnico e atual diretor do time. Chamado para entrar em quadra por escassos minutos na “Era Vidal”, enquanto os titulares descansavam, o atleta brasiliense viu no novo comandante, o argentino Sergio Hernández, a oportunidade de, enfim, aparecer.
Na atual temporada, Ronald tem dividido o garrafão com o norte-americano Marcus Goree – recém-contratado – e o veterano Guilherme Giovannoni.
Prova disso é o desempenho do atleta nos jogos que abriram a temporada. Nos dois duelos amistosos com o Universo/Goiânia e em dois confrontos da Liga Sul-Americana – contra o Nacional, da Bolívia, e o Boca Juniors, da Argentina – o camisa 6 voltou a mostrar o basquete que o levou a integrar a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
“Antes jogava na posição 4 e o Hernández me mudou para a 5 porque disse que tenho mais facilidade de bloquear e descer para o garrafão. Na verdade, ele tem exigido isso de todos os outros pivôs e melhorei bastante”, reconhece o grandalhão. “Ultimamente tenho me dedicado a jogar mais forte.”
Troca agradou
Em pouco tempo no comando do tricampeão do NBB, Sergio Hernández tem promovido uma rotatividade que antes não costumava ocorrer. A mudança agrada o jovem de 21 anos.
“Se o treinador pede uma coisa e o atleta faz, são nítidas as oportunidades que ele terá de ser chamado para disputar pontos em quadra”, assegura Ronald.
Ao comparar as gestões Vidal e Hernández, o atleta diz que os objetivos são os mesmos, embora o ex-técnico optasse pelos atletas experientes.
“O Vidal queria dar oportunidade, mas também queria ganhar tudo. Então, os mais velhos eram muito mais solicitados por ele”, cutuca o jogador.