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No globo da vida

Arquivo Geral

03/09/2013 8h15

Sob jaquetas de couro e um arsenal incrível de equipamentos de segurança, fica difícil imaginar quem é o responsável pelas manobras radicais num modesto estacionamento do estádio do Cave, no Guará. Mas um olhar mais atento nota facilmente uma disparidade em um dos praticantes: a altura de apenas um metro e meio.

 

Dentre os pilotos que fazem “loucuras” com as motos no treino de stunt wheeling – acrobacias com motocicletas –, Indy Muñoz, com seus longos cabelos loiros, é raridade. A moto que guia tem três vezes o seu tamanho.

 

“Cresci viajando a América do Sul com o circo do meu pai. Ele usava motos para fazer os shows e eu, com poucos meses de idade, já era jogada para lá e para cá no meio dos motoqueiros”, conta.

 

Aos 23 anos e nascida da República Dominicana, a piloto, que veio morar no Brasil aos sete, não esconde o prazer em praticar o stunt e ser uma das únicas mulheres a adotar este estilo de vida. “Hoje os homens me respeitam mais, mas já sofri muita discriminação”, recorda. “Já deixei de praticar porque ex-namorados não se sentiam à vontade e este é um erro que não vou cometer mais”, disse Indy, satisfeita ao cruzar olhares com o marido, Wendell Vaz, também piloto de stunt.

 

Falta praça

 

Brasília conta com 15 atletas de stunt. A maior parte do grupo, cerca de 10 integrantes, treina no estacionamento do estádio do Cave. “Já treinamos em tantos lugares de Brasília… Mas a polícia sempre dá um jeito de nos tirar do lugar, alegando que estamos bagunçando. No Cave, a gente tem uma autorização breve para os treinos, mas esta situação não é certa. A qualquer momento podemos sair daqui”, desabafa o representante da Federação Brasileira de Wheeling no Centro-Oeste, Wendell Vaz.

 

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