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17/10/2013 9h00

O tênis no Brasil já teve os seus dias dourados quando Gustavo Kuerten, o Guga, estourou na modalidade tornando-se o maior tenista brasileiro nos anos 2000. Após a sua aposentadoria, em 2008, a modalidade deixou de ter um ídolo canarinho – o mais bem ranqueado atualmente é Thomaz Bellucci, que não empolga o País.

 

Este ano, uma brasileira tenta ocupar posição de destaque no tênis nacional. A guerreira Teliana Pereira chegou ao top 100 de simples do mundo – posto que nem uma jogadora nacional ocupava desde Andrea “Dadá” Vieira nos anos 1990 – e encerrou as suas atividades de 2013 na 87ª posição.

 

Convicta do que deseja para o futuro, Teliana luta para se tornar um ícone do esporte e influência para outros atletas. “Vejo que, principalmente no tênis feminino, falta uma referência para que os mais novos possam se inspirar e acreditar que é possível ir longe”, estimula a atleta.

 

Rumo ao top 50

Além de três troféus nas últimas semanas, Teliana venceu os torneios de Perigeaux e Denain. Ao todo foram 51 vitórias e 23 derrotas em 2013. A expectativa é ficar dentro da zona de classificação para o Australian Open, primeiro Grand Slam do ano, previsto para janeiro do ano que vem.

 

“Fico de férias até o fim de outubro, depois começo a pré-temporada visando o maior desafio que será em janeiro, na Austrália. Para 2014 pretendo continuar evoluindo, sem falar na sede de me aproximar das 50 melhores”, projeta.

 

A atleta encerrou sua temporada 2013 na última quinta-feira disputando o ITF Challenger de ST. Cugat, na Espanha. Lá, ela perdeu para a holandesa Arantxa Rus por 2 sets a 1, e foi eliminada nas quartas de final do torneio europeu.

 

PERFIL

Teliana Pereira

Idade  25 anos

Esporte:  tênis

Naturalidade:  Águas Belas, Pernambuco

Altura:  1,67 m

Mão: direita

Posição no ranking mundial: 87ª

Vitórias-derrotas: 114-68

Principais conquistas: Nos jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, Teliana alcançou a medalha de bronze ao lado da tenista Joana Cortez; campeã do França Mont-de-Marsan, França St. Malo  e  Espanha Sevilha.

 

Memória

Gustavo Kuerten

Mundialmente conhecido como “Guga”, o tenista brasileiro, hoje aposentado, é considerado o maior da modalidade no Brasil. Além de ser condecorado com posição no Hall da Fama da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), ele é o único tenista da história a ganhar de Pete Sampras e Andre Agassi no mesmo torneio. Guga sofreu a carreira inteira com lesões, que abreviaram sua trajetória e acabou sendo o principal fator para a sua aposentadoria, em 2008. Segundo o ortopedista Luís Fernando Machado, ele sofria de um problema denominado “síndrome do impacto nos quadris”.

 

Ídolos viram modelo para superar lesões

Assim como a maioria dos grandes atletas, a tenista Teliana Pereira se submeteu a  cirurgias. No período em que esteve afastada, vários questionamentos vieram à tona, principalmente a possibilidade de retornar às quadras sem a qualidade de antes. Enquanto analisava as possibilidades, amigos e familiares a apoiaram.

 

“Nunca pensei em desistir, mas tive dúvidas se poderia voltar a competir em alto nível na época das lesões no joelho, em 2010. Fiquei um ano e meio parada, mas a família e amigos sempre me incentivaram e acreditaram em mim”, lembra a número um do Brasil. Técnico e irmão de Teliana, Renato Pereira, é ex-tenista e foi o número 1.494 do ranking da ATP, em 2007. Hoje, eles viajam pelo mundo conciliando a relação familiar e profissional.

 

Feliz com sua posição no ranking mundial, ela diz que não existe segredo para a rápida ascensão no quadro de atletas, apenas o foco em consagrar o seu nome. “Há três anos, após minhas lesões, venho fazendo um trabalho intenso na parte física, principalmente para evitar novas lesões. Com isso estou conseguindo cumprir todo meu calendário e o que quero para a minha vida. Essa é a grande diferença”, conta.

 

Inspirações

Para não desistir da paixão com a bolinha amarela, Teliana tomou como base a trajetória do brasileiro Guga e do espanhol Rafael Nadal. Assim como ela, os dois tiveram graves lesões, mas não desistiram do esporte e se destacaram na modalidade. “Eles são tenistas batalhadores, exemplos a serem seguido”, elogia.  

Nadal é considerado um dos maiores tenistas de todos os tempos e levou muitos especialistas a elegê-lo o maior jogador no saibro da história. (K.M.O.)

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