O norte-americano Chael Sonnen, enfim, percebeu que a tática de provocar grandes campeões antes de entrar no octógono não é das mais inteligentes. Depois de ser humilhado pelo brasileiro Anderson Silva, no peso médio, na noite de sábado foi a vez de ele conhecer os cotovelos de canivete do campeão do meio-pesado, Jon Jones.
Sonnen sofreu um nocaute espetacular aos 4m33s do primeiro round, o que manteve pela quinta vez consecutiva o cinturão de Jone Jones, igualando o recorde de Tito Ortiz na categoria.
Atordoado com o término rápido da luta, Sonnen chegou a cogitar encerrar a carreira. “Ainda não estou preparado para decidir o que fazer daqui para frente. O que vou fazer? Estou péssimo. Perdi para Jon Jones e para o Anderson Silva. O que vão fazer agora? Me colocar para lutar contra Wanderlei Silva?”, disse o norte-americano.
Conhecido pela forma que “vende” suas lutas provocando os rivais, Sonnen desta vez preferiu reconhecer a superioridade do adversário. Ainda com o discurso de que não sabe o que fará daqui para frente, ele admitiu que foi surrado por Anderson e Jon Jones.
“Fiz muitas lutas e algumas não foram como eu gostaria. Mas eu só foi surrado duas vezes, e esta foi a segunda. O ruim foi ele ter me vencido no meu próprio jogo. É frustrante, duro de aceitar, mas foi o que aconteceu.”
Outras lutas
Após muita provocação de ambas as partes antes da luta, o brasileiro Vinny Magalhães não conseguiu segurar o norte-americano Phil Davis. Tricampeão mundial de jiu-jítsu e campeão do ADCC, Vinny mostrou pouca movimentação e foi dominado pelo rival. A vitória de Phil veio por decisão unânime dos juízes (30-27, 30-27 e 29-28).
Também adeptos das alfinetadas – pela internet –, o inglês Michael Bisping e o norte-americano Alan Belcher levaram o combate até o último round. Quem levou a melhor foi Bisping, que venceu por decisão unânime dos juízes (30-27, 30-27 e 29-28).
Pesado
Considerado o “gordinho” do UFC, Roy Nelson mostrou o porquê de ser temido. Ele nocauteou o gigante francês Cheick Kongo, aos 2m03s do primeiro round.
Superluta de Spider ameaçada
A superluta que os fãs de Anderson Silva tanto esperam pode não acontecer. Quem garantiu isso foi o próprio chefão do UFC, Dana White, após a coletiva oficial do evento 159. De acordo com Dana, o brasileiro deve ser concentrar no duelo contra Chris Weidman para que não seja surpreendido – os combates considerados de primeira linha seriam entre Anderson e Georges St-Pierre ou Jon Jones.
“Não importa com quem Anderson Silva lutará depois do UFC 162, pois até lá ele tem que se concentrar em Chris Weidman. Nada mais importa para Anderson do que essa luta, porque se ele for derrotado, não haverá superluta alguma depois”, disse o dirigente. “Se Anderson não for o melhor de sua categoria, não faz sentido fazer uma superluta”, emendou.
Também durante a conversa, Dana disse que irá conversar com Ed Soares (empresário de Anderson) para tratar sobre as próximas lutas do brasileiro. “Hoje, os dois melhores lutadores peso por peso do mundo são Anderson Silva e Jon Jones. Tudo que posso dizer é que uma luta entre o número um e o número dois é uma bela luta”, adiantou.