A experiente levantadora Fabíola é uma das novidades da Seleção Brasileira para a disputa do Sul-americano. De volta após ficar fora da fase decisiva do Grand Prix, a jogadora vê Dani Lins em vantagem na briga pela preferência do técnico José Roberto Guimarães.
“Ela disputou uma Olimpíada e vem defendendo a Seleção há mais tempo. Jogou muito bem no Grand Prix e conquistou mais um campeonato importante. Eu estou em desvantagem e tenho que correr atrás. Você precisa matar um leão por dia e tenho que ficar no pé dela para conseguir o meu espaço”, disse a atleta, sorrindo.
A disputa por uma vaga na equipe com Dani Lins, garante Fabíola, é positiva. “Nos conhecemos há muito tempo e a concorrência é sadia, mas existe, até porque isso nos faz crescer. Ela é uma grande levantadora. Cada pessoa faz a sua história e quer conquistar. Conosco, não é diferente”, afirmou.
Fabíola disputou a fase classificatória da última edição do Grand Prix ao lado de Dani Lins, mas pediu dispensa para resolver problemas particulares antes da etapa decisiva do torneio, vencido pelo Brasil. No Sul-americano, torneio classificatório para o Mundial-2014, apesar dos rivais de baixo nível técnico, ela prega cautela.
“Precisamos ter muito cuidado e por isso estamos treinando tão forte. Querendo ou não, se você entrar desconcentrado acaba perdendo, mesmo contra um time mais fraco. O Sul-americano é importante, vale vaga no Mundial e a concentração tem que ser total”, afirmou.
A levantadora participou da maior parte do último ciclo olímpico, mas acabou cortada pelo técnico José Roberto Guimarães na reta final da preparação para os Jogos de Londres-2012. Aos 31 anos, Fabíola sonha com a possibilidade de participar do Rio de Janeiro-2016.
“Sabemos que o tempo é curto. Às vezes, as pessoas podem achar que três anos é muito tempo, mas passa super rápido. A gente que aproveitar esses momentos, se dedicar e crescer para que em 2016 possamos ser campeãs dentro do Brasil”, disse a levantadora.
A disputa por uma vaga no time bicampeão olímpico está aberta, avisa José Roberto Guimarães. “Todo o mundo está aqui para brigar pela posição, não tem ninguém que é titular absoluto. Quanto mais nivelado o elenco, melhor em todos os sentidos. Ninguém se acomoda e todo o mundo corre para tentar jogar”, afirmou.