Os recentes casos de doping colocam a participação olímpica do ciclismo em xeque. Pelo menos é o que garante o presidente do Comitê Olímpico Alemão e vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach.
Segundo o dirigente, a forma como as federações internacionais combatem o uso de substâncias proibidas conta muitos pontos na inclusão de um esporte no programa olímpico. "Sobre a questão da inclusão ou manutenção, sempre é um argumento fundamental a contribuição de uma federação internacional na luta contra o doping. É uma prioridade do Comitê Olímpico Internacional", lembrou Bach.
Diante disso, o dirigente conclamou o ciclismo a lutar com todas as suas forças contra a praga do uso de substâncias ilegais. Na opinião de Bach é necessário perseguir com maior determinação as pessoas que fazem parte das estruturas dos ciclistas, entre eles os diretores desportivos, técnicos e assessores.
A grande discussão em torno do assunto permeou toda a disputa da Volta da França e culminou com o resultado positivo de Floyds Landis, campeão da prova mais tradional do ciclismo mundial. Perguntado sobre o que pensava do norte-americano, Bach respondeu que oscila entre "a infinita estupidez e o absoluto cinismo".
Antes do resultado de Landis, a organização da Volta da França havia excluído outros noves participantes suspeitos de estarem envolvidos com substâncias proibidas, entre eles o favorito Jan Ullrich.