A Seleção Brasileira Masculina de basquete vive um momento delicado e pela primeira vez pode não conseguir se classificar para o Campeonato Mundial. A situação ficou pior após a derrota para o Uruguai, por 79 a 73, nesta segunda-feira, em jogo válido pela Copa América. Decepcionados com a partida, o técnico Rúben Magnano e os jogadores da equipe lamentaram o resultado final, mostraram não saber o porquê do momento ruim da equipe, mas ainda mantêm confiança na improvável classificação.
“Até que a matemática permita e não diga que estamos fora, temos que seguir lutando. Quando os números zerarem e não houver mais luz do fim do túnel, voltaremos para casa. Até lá vamos seguir lutando”, afirmou Magnano.
Com três derrotas em três jogos (Porto Rico, Canadá e Uruguai), o Brasil precisa vencer a Jamaica, nesta terça-feira, para seguir na competição. Caso vença, o time se classificará para a próxima fase, na qual precisará vencer todos os jogos para garantir vaga no Mundial.
Um dos mais inconformados com a derrota, o ala-pivô Guilherme Giovannoni confessou que não sabe o que fazer para que a equipe volte a ganhar.
“É difícil entender o que está acontecendo, se fosse uma coisa fácil, já teríamos resolvido, um dado uma porrada na cara do outro. Mas está complicado. Quando se entra em uma inércia de derrotas, derruba o moral. Precisamos arrumar um jeito. Não tem mais o que treinar, tem de ser mais na conversa”, afirmou o jogador.
Para Marcelinho Huertas, um dos principais atletas do Brasil no Mundial, o grande problema é a pressão que os jogadores estão sentindo e que está atrapalhando diretamente o desempenho deles dentro de quadra.
“Muitos aqui estão tendo um peso em seus ombros e uma responsabilidade maior do que pensavam que teriam, mas estes jogadores têm de ser conscientes que precisam assumir o protagonismo, ter uma responsabilidade a mais. Todos temos de dar um passo adiante. O rendimento de todo mundo está muito abaixo”, comentou o armador.