O ginasta Arthur Zanetti retornou ao ginásio do Serc/Santa Maria nesta quarta-feira pela primeira vez após a medalha de ouro no Campeonato Mundial da Antuérpia na prova de argolas. Mas em vez de treinar, ele utilizou o local para dar uma entrevista coletiva sobre a conquista, em uma folga extra, apenas um dia após retornar ao Brasil.
Zanetti, que conquistou o ouro das argolas na tarde de sábado, chegou ao País na manhã desta terça-feira. Geralmente, o dia de retorno ao Brasil seria o único sem treinos, mas o técnico Marcos Goto permitiu que o atleta recebesse a imprensa em vez de se exercitar.
“O Arthur não treinou hoje porque está desde as 5 horas da manhã falando com jornalistas. Amanhã ele treina já. Só teve folga hoje porque tinha entrevista cedo, se não ele estaria treinando. Atleta de alto nível tem que treinar, não tem jeito. Agora ele é o cara a ser batido. Tem que treinar mais do que os outros”, explicou o treinador Marcos Goto.
Antes da conversa com a imprensa, que encheu o pequeno ginásio em São Caetano do Sul, Zanetti aproveitou os minutos livres para conversar com os companheiros de treino que não via desde o fim de setembro, quando viajou para a Antuérpia para fazer sua última fase de preparação antes do Mundial.
Enquanto seu pai pregava uma faixa na frente do ginásio parabenizando-o pela conquista na Bélgica, o campeão mundial caminhou pelo tablado, onde alguns de seus companheiros de treino se aqueciam. Foi cumprimentado pelo expressivo resultado e conversou rapidamente com outros atletas antes de encarar a parte do trabalho de que menos gosta: dar entrevistas.
“Acho que ficar o dia inteiro com vocês é pior porque ficar pendurado nas argolas já faço há 16 anos. Esse negócio de imprensa faz pouco tempo e cansa”, disse, sorrindo, Zanetti, antes de tomar fôlego para responder a nova pergunta.
