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Com a cabeça no Rio

Arquivo Geral

23/09/2013 8h45

Maior medalhista olímpico brasileiro na vela, Torben Grael é a referência, ao lado de Robert Scheidt,  para que modalidade continue sendo uma das que mais conquista medalhas em Olimpíadas para o País, em 2016, no Rio de Janeiro.

 

Técnico da equipe brasileira, Torben esteve neste final de semana na capital, onde viveu na década de 70, para participar da 20ª Regata JK, idealizada pelo Iate Clube de Brasília. Em entrevista ao Jornal de Brasília, o velejador e agora mentor dos nossos próximos medalhistas olímpicos, comentou  o futuro da modalidade, na qual conquistou dois ouros olímpicos. “O nosso desafio  é trazer mais atletas para a vela olímpica. Como qualquer outro esporte que participa do evento, é preciso muita dedicação, pois existe muita  dificuldade em conciliar com outras coisas, além do custo alto”, afirmou.

 

Patrocinar atletas da vela tem sido um problema para os jovens que começam, pois é nessa fase da vida que ocorre a maioria das  desistências. “Quando você chega em um primeiro nível fica mais fácil de conquistar apoio, o difícil é  essa transição entre a vela de base e a olímpica”, disse.

 

Tem para 2016

 

Se a cidade do Rio de Janeiro não tem qualquer infraestrutura para receber as Olimpíadas de 2016, o mesmo não se pode dizer sobre a vela. Mas, para ter chance de ouro, será preciso esforço da Confederação Brasileira de Vela  e também dos velejadores brasileiros. “Nós temos atletas bons. Precisamos  é fazer com que eles se interessem pela vela olímpica. Além dos próprios velejadores quererem. A vela olímpica exige uma dedicação que nem todo mundo está disposto a ter”. 

 

Atualmente, os velejadores Fernanda Oliveira, da Patrícia Freitas e Jorge Zarif são os destaques brasileiros.

 

Ele não veio só para assistir

 

Em Brasília desde sexta-feira passada, Torben Grael teve um encontro com o secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser. O teor da conversa foi simples: Preparação para os Jogos Olímpicos do Rio 2016 e o apoio necessário aos atletas para este período de treinamento para o evento. 

 

Uma das medidas reveladas  foi  a Bolsa Atleta Pódio, que vai contemplar os iatistas mais bem colocados no ranking internacional da vela. Os demais continuarão recebendo a Bolsa-Atleta.

 

A conversa entre Torben e o secretário também teve entre um dos principais assuntos, a reestruturação da confederação nacional da modalidade. A antiga  CBVela, com o nome de Confederação Brasileira e Vela e Motor, ficou sob intervenção de 2007 ao final de 2012, com dívidas de R$ 90 milhões, o que a impossibilitava de receber recursos do ministério.

 

Além de campeão dentro da água, Torben Grael acumula funções políticas  e sociais. Comodoro do Rio Yacht Club em Brasília , o velejador participou do clima de eleições que circulam o Iate Clube de Brasília.

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