Desde que anunciou sua saída da Ferrari, há dois meses, Felipe Massa repetiu incansavelmente que não pagaria por uma vaga em outra equipe da Fórmula 1. Chefe-adjunta da equipe fundada pelo pai Frank, Claire Williams garante que o lado financeiro não pesou na decisão de contratar o brasileiro, anunciado de maneira oficial nesta segunda-feira.
“Felipe não é um piloto pagante, ele deixou isso muito claro e nós o escolhemos pelo talento e pelo o que acredito que ele pode nos entregar dentro do cockpit”, disse a dirigente ao site da revista inglesa Autosport.
Além do talento de Massa, outro fator levou a Williams a contratar o piloto. Com alta ligação com o Brasil, já que Nelson Piquet, Ayrton Senna e Rubéns Barrichello já guiaram seus carros, a equipe quer tirar proveito do fanatismo da torcida do país.
“Agora depende de nós irmos lá e tirarmos vantagem fato de que ele é do Brasil e que eles são a maior audiência que o nosso esporte tem”, revela. Em 2012, mais de 85 milhões de brasileiros acompanharam as 20 etapas da categoria pela televisão.
Claire garantiu também que tem plena confiança na capacidade de Massa, apesar de o brasileiro ter caído de rendimento e não ter subido ao lugar mais alto do pódio após o grave acidente sofrido no treino qualificatório para o GP da Hungria de 2009.
“Isso foi há muito tempo, não temos preocupações. Neste ano, ele fez um trabalho fantástico com a Ferrari. Pilotos podem mudar de um ano para o outro, e nós olhamos para a carreira toda dele e avaliamos isso. Essa é uma nova fase da vida para Felipe. Uma mudança pode ter um grande impacto na sua personalidade e no que você faz”, conclui.