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Brasil aumenta investimento em técnicos estrangeiros para RJ-2016

Arquivo Geral

19/09/2013 12h30

Sede da próxima edição dos Jogos Olímpicos, o Brasil vem intensificando o investimento em treinadores estrangeiros. A importação de know-how é uma das estratégias do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para cumprir a meta estabelecida no Rio de Janeiro-2016.

 

No ciclo dos Jogos de Londres-2012, as equipes olímpicas nacionais chegaram a contar com 35 treinadores estrangeiros. Neste momento, a aproximadamente três anos da próxima edição do evento, de acordo com dados fornecidos pelo COB, são 41 técnicos de 21 países em 23 modalidades, cinco contratados diretamente pela entidade.

 

“A valorização dos treinadores tem sido um dos pilares estratégicos do COB. A contratação de estrangeiros é feita sempre com base na análise das necessidades específicas de cada modalidade. Procuramos trazer técnicos experientes e que venham de países com tradição em esportes com potencial de crescimento no Brasil”, explicou Marcus Vinícius Freire, diretor executivo de esportes do COB.

 

A entidade tem a meta de integrar o top 10 da classificação por número de medalhas em 2016. Para alcançar o feito, o COB espera subir ao pódio em, pelo menos, 13 modalidades diferentes (foram nove em Londres), o que aumenta o campo para contratação de mão de obra especializada.

 

Na última edição dos Jogos Olímpicos, alguns países de pequeno porte foram bem-sucedidos com apostas em determinados esportes individuais. O Cazaquistão (quatro ouros no levantamento de peso) e o Irã (três na luta olímpica), por exemplo, ficaram à frente do Brasil no quadro de medalhas.

 

O País jamais conquistou pódios olímpicos em 15 das 23 modalidades que contam com técnicos estrangeiros no primeiro ano do novo ciclo. Há treinadores do exterior em disciplinas como badminton, levantamento de peso e tiro com arco (apenas cinco dos esportes com mão de obra importada são coletivos).

 

Auxiliado pelo compatriota Fernando Duró, argentino Rubén Magnano dirige time de basquete

 

Algumas estrelas de primeira grandeza integram a legião estrangeira, como o neozelandês Mark Todd, bicampeão olímpico no concurso completo de equitação, e o espanhol Jesus Morlan, cinco medalhas na canoagem. Em modalidades com julgamento subjetivo, como ginástica, saltos ornamentais e nado sincronizado, o currículo dos treinadores pode fazer a diferença.

 

A necessidade de intensificar a importação de know-how evidencia a falta de estrutura de algumas modalidades no Brasil no ciclo dos Jogos do Rio de Janeiro-2016, especialmente no trabalho de base. Desta forma, o COB espera que os estrangeiros contribuam para capacitar os técnicos locais.

 

“Geralmente referências em seus países, esses profissionais têm a missão de agregar qualidade ao esporte brasileiro e ainda transferir conhecimentos para seus pares nacionais. O investimento em técnicos estrangeiros não é uma regra. Por isso, valorizamos também a qualidade do treinador brasileiro. Possuímos excelentes técnicos no país e estamos trabalhando para capacitá-los ainda mais”, disse Freire, diplomático.

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