De volta a sua terra natal, Juliana Pereira, ou apenas Ju Maranhão, matou um pouco da saudade de casa na última segunda-feira, quando enfrentou o time local pela Superliga feminina. Defendendo a camisa do Brasília/Vôlei, Ju foi peça fundamental na vitória por 3 x 1 sobre as rivais – a primeira do time candango no torneio, em três jogos.
Nascida no sul do Maranhão, a atleta lamentou não ter a oportunidade de rever amigos e familiares enquanto esteve por lá. “Não foi ninguém porque a minha cidade (Carolina) fica muito longe de São Luís. Mas logo estarei de volta para matar essa saudade”, planeja.
Substituta da campeã olímpica Paula Pequeno, Ju foi a maior pontuadora do confronto pela equipe e ganhou o troféu Viva Vôlei, por ser a destaque da partida.
“Ela (Ju) entrou muito bem no lugar da Paula e deu uma estabilidade de fundo muito importante para a equipe. O jogo foi marcado pelo trabalho em conjunto das meninas”, destaca Sérgio Negrão.
Sem estresse
Marcadas pelas duas derrotas que sofreram nos dois primeiros jogos do campeonato, as atletas do Brasília/Vôlei não se deixaram abater pelo nervosismo desta vez.
Embora o primeiro e segundo sets tenham sido um pouco abaixo devido ao nervosismo inicial, elas souberam controlar bem e fechar a partida sem maiores sustos.
“No começo todas estavam nervosas. Mas, a partir do terceiro e quarto sets, comandamos o jogo e estivemos à frente o tempo todo”, recorda Sérgio Negrão.
Mesmo com a vitória inédita, o técnico afirma que fundamentos ainda precisam ser melhorados para o próximo jogo contra o São Bernardo, sábado, em casa.
“Nosso sistema defensivo ainda não está bom. Preciso destacar que o ataque contra o Maranhão foi essencial, mesmo que eu não as tenha treinado tanto neste aspecto. Até sexta (amanhã) vou pegar pesado na recepção e ataque por conta disso”, conta o comandante.
Clima atrapalhou
Quente e úmido. Foi assim que Érika destacou o clima de São Luís. “O ginásio lotado, aquele calor terrível e muito vento. Tivemos que parar a partida várias vezes por isso”, destaca a ponteira.
Torcida contagiante
Seis mil pessoas lotaram o Castelinho em São Luís para ver a partida entre Brasília/Vôlei e Maranhão. O técnico Sérgio Negrão afirmou que este foi o maior público da história da Superliga.
Nascida no estado nordestino, Ju Maranhão também se impressionou com o acolhimento que a cidade deu ao time. “A torcida deles surpreendeu até o próprio time. Depois do jogo, as atletas vieram comentar isso comigo. Elas estavam sem acreditar”, conta.
Acostumada a lidar com grandes torcidas e jogos intensos, a ponteira Érika Coimbra também falou sobre o peso da torcida rival no confronto de segunda-feira. “Eles deram um show”, elogia a atleta.
Mimos
Mesmo com os torcedores do lado de lá, ao final do confronto, as atletas do Brasília/Vôlei foram agraciadas com o carinho e admiração dos maranhenses.
“Eles torceram pelo Maranhão, mas cada um tinha a sua particularidade com a gente. Uns me procuraram, outros foram até a Paula e nos deram chocolates e ursinhos de pelúcia”, gabou-se Érika.
Disposta a manter a boa forma, ela disse que não abusou do chocolate. “Um por dia está bom né? (risos)”, brinca. (K.M.O.)