O terceiro episódio do podcast Marcelo Chaves Entrevista, produzido pelo Jornal de Brasília, mergulha no universo da CASACOR Brasília 2025, realizada este ano na icônica Casa do Candango. Nesta nova conversa, Marcelo Chaves conduz um encontro entre arte, afeto e arquitetura, reunindo a arquiteta Maria Paula Leite e o galerista Antonio Aversa — dois nomes que transformaram a sala de jantar História de um Jantar em um dos ambientes mais comentados da mostra.
Com 66 metros quadrados, o espaço é um verdadeiro tributo à memória brasileira. A curadoria de Aversa valoriza o design e a arte nacional, preservando a arquitetura original da Casa do Candango e reunindo obras e mobiliários assinados por mestres como Sérgio Rodrigues, Zalszupin, Di Cavalcanti e Rubem Valentim. Entre as peças em destaque está uma coleção rara de porcelanas, cedida exclusivamente pelo Museu de Histórias, que pertenceu a figuras emblemáticas do país.
“Foi um privilégio poder assinar a curadoria de um ambiente tão especial, com peças históricas e um olhar voltado para o passado e o futuro da arte brasileira”, afirma Antonio Aversa ao JBr. Ele conta que iniciou a carreira inspirado pelo avô colecionador e pelo pai artista plástico. “Estar na CASACOR e participar do podcast do Marcelo é uma honra. É um espaço que une afeto, memória e Brasília.”
Para Maria Paula Leite, arquiteta de 28 anos que participa pela terceira vez consecutiva da mostra, o projeto é também um gesto de esperança. “A gente quis olhar para trás, lembrar das nossas riquezas e valorizar o que o Brasil tem de mais bonito. Trouxemos arte barroca, peças históricas e nomes que marcaram nossa cultura. É uma forma de voltar a sonhar com o país”, conta.
Recém-formada quando abriu seu próprio escritório, Maria Paula vê na arquitetura um campo de emoção e propósito. “Cada projeto é como um filho. A arquitetura precisa voltar a ter significado, a contar histórias e refletir quem vive nelas. O ambiente em que estamos influencia o nosso humor, a nossa energia, a nossa vida.”
O novo episódio revela como o design pode ultrapassar a estética e se tornar um exercício de memória coletiva. Ao unir diferentes gerações, estilos e olhares, a conversa resgata a força da arquitetura brasileira como expressão de afeto, cultura e permanência.