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JBr Literatura #007 – Entrevista com o escritor Paulo Souza

O escritor Paulo Souza traz crítica social feroz em livro

Gilberto Rios

07/04/2021 8h44

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O brasiliense Paulo Souza de 31 anos, sempre foi uma figura conhecida do meio literário do Planalto Central. O graduando Bacharel em Letras pela UNINTER, produtor cultural, editor e diretor financeiro do Sindicato dos Escritores do DF é um dos nomes em evidência no cenário nacional. Responsável pelo blog e canal Ponto Para Ler, que funcionou de 2013 a 2020, o escritor também foi colaborador e idealizador dos seguintes projetos: Literatura por Mulheres, ELIFANT – Encontro de Literatura Fantástica do Cerrado, Brasília que Escrevo e mediador dos bate-papos Arte da Palavra e Vitrine Literária. Como produtor sempre este envolvido nas mesas da Feira do Livro de Brasília, promovendo encontros com leitores e lançamentos de livros.

Paulo Souza em Clarice, nos faz pensar em impossibilidades, quando alguém se adianta a fazer um estilo de literatura que é formado com os encaixes aparentemente incompatíveis de gêneros literários. O fantasioso e a crítica social se unindo, mas García Márquez como desbravador demonstrou que se, mais cauteloso e minimalista seja um assunto mais ele, se contornará em destaque com a utilização e o suporte do sonho e da fantasia.

O escritor que tem as seguintes publicações: Ponto para ler contos – Kindle 2016, Antologia Sombria, conto Carrancas – Empíreo 2018 e Clarice, a última Araújo – Penalux 2018. Neste último trabalho, o nosso entrevistado coloca a sua protagonista como um ser quase angelical e intocável. Paulo cria um espaço demasiadamente fértil para uma crítica social feroz trazida no âmbito do tragicômico. Sendo assim, existe de um lado o peso dos instintos e das desumanidades, que são desbravadas no mercado da prostituição mas, uma criança da idade de Clarice, uma ainda adolescente, tão pura e, tão etérea, escancara o fato de que, mesmo a brutalidade da sexualidade e da libido se enfraquecem perplexas diante da inocência de uma mulher-criança.
Acompanhe a entrevista com este brasiliense.

Clarice – Editora Penalux
Paulo Souza

A história é sutil e desenvolvida com parágrafos de construções objetivas que ao mesmo tempo que narram um enredo completamente construído, tangenciando uma densa semântica que explora um conteúdo crítico, o autor responsabiliza a “indústria do sexo como expressão do desdém humano, sendo causado pela cobiça”, como aponta o escritor e prefaciador Marcos Fabrício.

Pertinente ao tema é a simbolização completa em torno do “corpo”, um receptáculo de sensações corpóreas e também, palco das expressão humanas, neste ritmo de interpretação, torna-se paradoxal, a percepção da mazela social chamada prostituição, pois é o corpo o lugar e meio de expressão das mais sinceras emoções humanas, mas é ele também coisificado como instrumento para a proliferação da violência.

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