Menu
Inovação

Novas tecnologias impulsionam governos inteligentes na América Latina

Implementação de iniciativas de modernização e digitalização em distintos países da região aponta para gestões mais eficientes, baseadas em dados

Jornal de Brasília

21/05/2024 5h47

Foto: Divulgação

Com o avanço da tecnologia, especialmente da inteligência artificial, os cidadãos estão cada vez mais requerendo acesso rápido à informação, experiências interativas e resolução eficiente de problemas. Nesse contexto, um conceito relativamente novo tem ganhado destaque, os chamados governos inteligentes.

Se no início dos anos 2000 o termo era usado para indicar governos capazes de adaptar sua capacidade de gestão e produzir resultados eficazes, hoje define aqueles que buscam implementar políticas efetivas, com base em dados e evidências, para antecipar e solucionar demandas da sociedade, ao mesmo tempo em que promovem um ambiente de negócios competitivo e atrativo a investimentos. Na América Latina, diversos países estão buscando avançar nessa direção, implementando soluções e aplicações inteligentes para captar e tratar dados, transformando-os em importantes ativos para a tomada de decisão.

Inovação a favor do desenvolvimento

O governo do Chile apostou na inteligência artificial para desenvolver um software com modelo de microssimulação de impostos e benefícios que permite comparar e analisar cenários de políticas de benefícios fiscais sobre pobreza, desigualdade e rendimento. Já na Colômbia, uma plataforma permite visualizar e analisar dados com modelos matemáticos para compreender as complexas relações entre a pandemia da COVID-19, o setor da saúde, a sociedade e a economia; enquanto, no Uruguai, um modelo para simular a operação de um sistema de energia elétrica é utilizado para o planejamento de investimentos e operação de sistemas energéticos.

“Ter uma estratégia inteligente, pautada por dados, é a base para o desenvolvimento de negócios sustentáveis, seja no setor privado, seja no setor público. À medida que os serviços governamentais digitais se tornam indispensáveis, é fundamental que os governos tenham um olhar mais apurado para esse tema, investindo em soluções que apoiam o desenvolvimento e a manutenção de aplicativos resilientes e robustos”, diz Paulo Bonucci, SVP e General Manager para a América Latina na Red Hat.

De fato, tecnologias como a inteligência artificial, a análise de dados ou o blockchain podem ser muito úteis para desenvolver soluções que promovam a digitalização das instituições públicas e tragam um impacto social positivo. Segundo dados do Banco Mundial, a utilização de ferramentas digitais também pode ajudar a reduzir a grande proporção do PIB da América Latina (até 4%) que se perde em ineficiências na despesa pública.

Código aberto

Um dos principais caminhos para fomentar os governos inteligentes começa com a adoção de ferramentas eficazes, capazes de suportar as principais necessidades atuais e futuras para a criação e a modernização de aplicativos. Nessa jornada, soluções open source são fundamentais já que oferecem flexibilidade, escalabilidade e resiliência ao mesmo tempo em que mantêm altos padrões de segurança e cumprem as distintas normas regulatórias.

Não à toa, pesquisa realizada pela Red Hat, líder mundial no fornecimento de soluções empresariais open source, com executivos de TI de governos em todo o mundo, mostrou que 69% deles esperam aumentar o uso de software de código aberto para tecnologias emergentes nos próximos anos. “O grande diferencial do open source é a liberdade de escolha. As soluções, além de oferecerem uma base confiável, permitem integração de novas tecnologias, como a IA, com tecnologias legadas – o que é essencial quando falamos de governos – para habilitar a inovação”, afirma Paulo Ceschin, Diretor de Vendas para o Setor Público da Red Hat Brasil.

Plataformas como Red Hat OpenShift AI, por exemplo, têm quebrado paradigmas ajudando governos a dar o próximo passo em sua transformação. “O Red Hat OpenShift AI é uma plataforma MLOps flexível e escalável, com ferramentas para criar, implantar e gerenciar aplicações usando inteligência artificial. Ela oferece recursos confiáveis e operacionalmente consistentes para que equipes possam experimentar, disponibilizar modelos e entregar aplicações inovadoras”, explica Thiago Araki, diretor sênior de tecnologia para a América Latina na Red Hat.

A IA contribui desde a análise de dados e detecção e prevenção de fraudes até à investigação médica. Também pode auxiliar na resposta a emergências, no monitoramento ambiental, na gestão de tráfego e no policiamento preditivo. Com enorme potencial para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, vem mesmo sendo a base para os governos inteligentes e deve seguir assim nos próximos anos. Levantamento da KPMG com executivos do setor constatou que, para 56% deles, IA/ML são as tecnologias mais importantes para alcançar os objetivos de curto prazo.

“O OpenShift AI viabiliza tudo isso: a preparação e a aquisição de dados e o treinamento, ajuste fino e disponibilização de modelos. Desta forma, pode contribuir bastante para os avanços de governos inteligentes que precisam dessa curadoria efetiva e de uma plataforma consistente para testá-los e implementá-los com segurança”, conclui Thiago Araki.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado